Notícias MS em 12 de Novembro de 2016
Depois de desistir do passeio de barco por uma hora pelo rio Paraguai, na tarde desta sexta-feira, a convite da organização do Festival América do Sul Pantanal (FASP), alegando cansaço da viagem, o cantor baiano Carlinhos Brown cativou os corumbaenses pela sua simpatia e carisma. E confessou-se feliz por estar em Corumbá e poder compartilhar com artistas representando sete países do continente um evento que o surpreendeu por ser realizado no interior do Brasil e buscar a preservação cultura entre os povos.
Fotos: Chico Ribeiro
Fasp faz o papel da integração que o Brasil ignorou pelo tempo, disse Brow em coletiva
“Estou aqui nestas águas que nos inspiram e sinto-me honrado pelo convite”, disse o cantor ao secretário estadual de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei), Renato Roscoe, com quem se encontrou durante entrevista à imprensa no Centro de Convenções do Pantanal, no porto geral de Corumbá. “Estou aqui para celebrar esta latinidade, uma iniciativa que muito nos alegra, pois o Brasil sempre desprezou seus países irmãos e deixou de fazer essa aproximação que vejo aqui em Corumbá”, disse.
Cururueiro
Principal atração desta edição do FASP, Carlinhos Brown sobe ao palco na noite de hoje, na Praça Generoso Ponce, para apresentar o novo show de sua turnê – Antônio Carlos Brown, um popular brasileiro. Antes de falar aos jornalistas, nesta sexta, ele foi até a barranca do Rio Paraguai, ao lado do secretário, onde posou para fotos com fãs, para ter, como disse, uma dimensão do que era aquele planeta água (Pantanal) que observou do alto, de avião.
No caminho para o auditório do Centro de Convenções, conheceu a figura folclórica do cururueiro pantaneiro, o mestre Sebastião Souza Brandão, 73 anos, fazedor de viola-de cocho, cantador e agora roteirista de documentários. Seu Sebastião cantou para o visitante uma das conhecidas cantigas da brincadeira pantaneira e ainda presenteou-o com uma miniatura da viola-de-cocho que acabara de confeccionar. “É muita honra para mim”, disse Brown.
Para Carlingos Brown, águas do rio Paraguai "inspiram"
O cururureiro, emocionado, brincou: “me belisquem, me digam que não é um sonho esse momento. E, nervoso, se atrapalhou nas palavras: “esse cara é meu fã”. Durante a entrevista, o cantor baiano e o cururueiro trocaram elogios. Brown falou da importância da troca e da união dos povos por meio da cultura e da importância da valorização das culturas populares, citando o ritmo pantaneiro, cujo instrumento artesanal foi declarado bem imaterial nacional.
Passaporte
Ao comentar sobre o show deste sábado, Carlinhos Brown falou com entusiasmo: prometeu surpresas, com pitadas latinas durante sua performance, e adiantou que deverá cantar a ópera O Guarani, de Carlos Gomes. “Este aqui é o nosso passaporte”, disse, mostrando o livreto que contém a programação do festival. “A vinda aqui já valeu, ver o Pantanal, cantar nesse festival, que me faz ter uma comunicação real com a América Latina”, completou.
Na entrevista, Carlinhos Brown dividiu a mesa com outros artistas, dentre os quais o cururueiro Sebastião Souza Brandão, que voltou a cantar para o fã no improviso; o violonista Marcelo Loureiro, que se apresentou na noite de sexta-feira; Ivan Nogale, diretor do Teatro Trono, de La Paz, capital da Bolívia; e o poeta Douglas Diegues.
14/11/2016 Quebra Torto com Letras inspirou sabores e "alimentou" a poesia no FASP
14/11/2016 Festival América do Sul leva teatro e música a Ladário
13/11/2016 Oficina de vivência corporal inclui idosos na programação do festival
13/11/2016 Show de Carlinhos Brown transforma Festival em carnaval
13/11/2016 Oficina de viola-de-cocho mantém viva a cultura pantaneira
12/11/2016 Festival América do Sul é aberto com garantia de continuidade
11/11/2016 Final de semana repleto de atividades culturais durante o Festival América do Sul
No Diário Corumbaense, os comentários feitos são moderados. Observe as seguintes regras antes de expressar sua opinião:
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. O Diário Corumbaense se reserva o direito de, a qualquer tempo, e a seu exclusivo critério, retirar qualquer comentário que possa ser considerado contrário às regras definidas acima.