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Casa da Memória de Dr. Gabi expõe obras do artista Vitor Hugo Souza

Caline Galvão em 11 de Novembro de 2016

A segunda parte da exposição “Liberdade da expressão pela essência da figura”, do artista plástico Vitor Hugo Souza, está disponível para apreciação pública no primeiro andar da Casa da Memória de Dr. Gabi, localizada na esquina da rua 15 de Novembro com a Cuiabá. A mostra está sendo realizada em paralelo às atividades do Festival América do Sul (FASP). O público pode conferir nove telas, sendo quatro delas pela primeira vez em exposição.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Telas do artista podem ser conferidas pelo público de segunda a sexta e excepcionalmente neste final de semana

“Eu estava fazendo outras propostas de pintura, mas nessa área de pinturas geométricas, usando um pouco do cubismo, cores mais quentes e agora nessa continuação da exposição, algumas obras da mostra passada entram e com elas mais quatro telas novas para complementar com a temática dos povos indígenas, com a representação da mãe de forma universal com o filho representando o amor, o carinho, a natureza em torno de tudo isso”, explicou Vitor Hugo Souza ao Diário Corumbaense.

O artista resolveu inovar utilizando fundo negro nos novos quadros, a fim de ressaltar mais as pinturas. Folhagens em meio às pinturas retratam a natureza que envolve as imagens das telas. “Na verdade o interessante é que a pessoa tenha a interpretação dela sobre a tela. Eu sempre falo que nas exposições eu gosto que as pessoas expressem aquilo que elas entendem da tela, coloco uma sugestão que são os títulos das obras para que a pessoa possa discorrer disso numa interpretação íntima”, afirmou o artista plástico.

As novas telas de Vitor Hugo expõem a vida de povos indígenas. “Uma delas mostra a maternidade, a familiaridade, como eles têm esse contato, índios como eles são mesmo, nus, mas não totalmente porque a pintura corporal serve como vestimenta para o índio. A minha preocupação não é falar das etnias, mas do índio em si, desses povos que vivem em meio à natureza. Na outra tela exponho a parte mais mística do índio, da pesca, da forma de se alimentar e esse respeito pelo alimento, uma forma de agradecer aquilo que ele tem. Na terceira tela, o índio está em uma posição de observador, meditando na caça ou na sua vivência na floresta. Esses pontos de escuridão e resquícios de folhagem na natureza remetem a isso, mas vai da interpretação pessoal”, explicou o artista.

Parte das obras está disponível para venda

Vitor vai deixar um caderno para que os visitantes possam escrever as impressões que tiveram a respeito de cada obra. “É uma exposição simples, na verdade é uma apresentação das obras novas, então segue o roteiro da exposição passada”, frisou o artista. As telas foram feitas com tinta acrílica e sprays malte, algumas estão com base de verniz acrílico por cima. Obras que já pertencem a pessoas que adquiriram telas também estarão expostas, como é o caso da Santa Ceia. As demais, que ainda não fazem parte de nenhum acervo pessoal, estarão à venda.

O intuito é que a exposição seja estendida após o término do Festival América do Sul para oferecer oportunidade aos estudantes e demais públicos para apreciarem com mais calma. A intenção é que a exposição possa ser levada a Campo Grande, a fim de finalizar o conjunto de três exposições que se iniciaram no Sesc.

Serviço: A Casa da Memória de Dr. Gabi é aberta normalmente de segunda a sexta, das 08h às 11h e das 14h às 18h. Excepcionalmente neste final de semana, por causa do FASP, estará aberta no sábado (12) e domingo (13), das 14h às 18h.

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