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Lei da pesca precisa de mudanças, diz empresária

Marcelo Fernandes em 04 de Novembro de 2016

Empresária do setor de turismo em Corumbá, Joice Carla Santana Marquês, disse a este Diário que a crise econômica que afetou o Brasil teve reflexos no segmento, mas houve movimento de procura pelo destino Pantanal que foi incentivado justamente por instabilidade da economia. Ela observou que para o ano que vem as expectativas são positivas.

“É lógico que enfrentamos essa crise, mas as pessoas deixaram de ir para lugares como Argentina e Paraguai e começaram a voltar para o Pantanal. Isso fez com que o Pantanal, em todo o seu território não sentisse a decaída na vinda de turistas. Houve uma queda, mas os turistas não deixaram de vir para o Pantanal. Vamos começar 2017 tímidos. Até porque nesse final de ano não se preocupam com pescarias, começam a agendar mais para frente. O setor acredita num ano com boa procura, talvez ainda, não como o esperado, mas de boa procura”, afirmou a empresária.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Empresária vê necessidade de Mato Grosso do Sul ter lei mais restritiva e que garanta preservação do estoque

Joice destacou que hoje  o setor vive um caminho inverso com o turista porque são eles que cobram das empresas a preservação do pescado e a prática do pesque e solte. “O pescador amador passou por várias etapas. Trinta anos atrás eram 30 quilos de cota, depois passou para 25, 15 e 10 quilos por pescador, sendo permitido levar. Hoje é o inverso, nós empresários somos cobrados o tempo todo para que tenhamos uma postura de conservação. A maioria dos pescadores amadores que vêm aqui pescar fica indignada por sermos um dos estados que permite levar peixe. Cobram que mudem a lei da pesca, que passe a não levar. Temos cobrado isso do Governo e mostrado que a onda é o pesque e solte. Tem aquele que gostaria de levar a cota, mas temos que achar uma regra mais restritiva para essa situação”, ressaltou.

Ela destacou que a proibição à pesca e captura do dourado, nos limites de Corumbá é cumprida, mas é necessária uma lei que tenha amplo alcance. “A lei é municipal e respeitamos, mas mesmo respeitando a proibição, não temos visto essa espécie. É muito rara. Com a nossa organização, obediência em não matar o dourado ajudou bastante, mas a proibição é só aqui, em Ladário pode 'matar', no Paraguai. Deveríamos ter uma regra para tudo e todos se não pode aqui, não pode. Temos que mudar, há necessidade de mudança. Mato Grosso do Sul tem que entender que a gente tem que mudar, tem que vir do Estado essa mudança dizendo que é proibido matar peixe, é pescar e soltar ou que pode levar só um exemplar. Temos que achar uma lei”, reforçou a empresária. 

Comentários:

afonso pereira: Parabens Joice voce representa a mais autentica vóz da preservação do nosso pantanal, de nada adianta proibir em Corumba e os Paraguaios la em baixo fechar o rio com rede. a proibição de matança de peixe deve ser em todo o leito do rio Paraguai por pelo menos (10) anos

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