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Corumbá é a cidade brasileira com maior incidência de queimadas no ano

Da Redação em 31 de Outubro de 2016

Corumbá é a cidade brasileira com maior incidência de queimadas no ano. De 1º de janeiro até esta segunda-feira, 31 de outubro, o município registrou 3.789 focos de incêndios florestais. O total equivale a mais da metade (57,6%) dos 6.579 focos contabilizados em Mato Grosso do Sul em 2016.

As estatísticas são de monitoramento feito pela Divisão de Satélites e Sistemas Ambientais do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), vinculada ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Com 3.507 registros, Porto Velho, capital do estado de Rondônia, é a segunda do país.

Somente em outubro, Corumbá contabiliza 818 focos de queimadas. Incidência que também coloca o município na liderança do ranking mensal no país. A segunda colocação também fica com Porto Velho, com 360 focos neste mês. Nas últimas 48 horas, Corumbá também lidera com 146 focos de incêndios florestais contabilizados pelo INPE. Cametá (PA) vem logos atrás com 55.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Somente em outubro, Corumbá contabiliza 818 focos de queimadas

Os 16 profissionais temporários da Brigada de combate às queimadas no Pantanal de Corumbá estão em atuação desde julho. O trabalho vai até o final de novembro. A atuação, até o ano passado, era por seis meses e terminava em dezembro. Mas, cortes orçamentários promovidos pelo Governo Federal afetaram em cheio o serviço que é executado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no combate às queimadas.

O enxugamento do orçamento obrigou o órgão a cortar em praticamente um quarto o total de brigadistas temporários para a região – caiu de 21 para 16 – e reduzir em um mês o período de atuação.

O monitoramento por satélite

Atualmente, oito satélites são usados pelo INPE para fazer o monitoramento das áreas atingidas pelo fogo. Destes, dois são geoestacionários – ou seja, mantém uma velocidade de órbita em relação à Terra que os permite ficar acima de um ponto continuamente. Os outros seis são satélites orbitais, que ficam mais próximos do planeta.

De acordo com o Portal Brasil, o satélite Aqua, por exemplo, tem uma resolução de 1 km² de visualização por pixel de imagem. Atualmente, a espaçonave funciona como uma espécie de satélite principal. Isso porque a órbita dele é a mais constante entre os satélites usados no monitoramento. Ele faz uma volta na Terra a cada 90 minutos. Acima do País, o Aqua passa às 2h30 e às 14h30 a uma altitude de 830 km.

Durante a passagem, os satélites vão se comunicando por meio de ondas de rádio – tanto entre si, quanto com antenas em pontos localizados em algumas centenas de bases no solo. Se for um satélite orbital, essa passagem pode demorar até 12 minutos para cruzar o território nacional.

Após a captação, o Inpe junta e processa as cerca de 200 imagens diárias produzidas pelos equipamentos. Dentro desse processo, são descartados faixas com temperatura menor que 60º Celsius.