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Espaço para criminosos

Da Redação em 17 de Junho de 2016

Violência na fronteira - A violência na região de fronteira com o Paraguai sempre teve números preocupantes, mas as duas últimas execuções foi de deixar qualquer um em pânico. Em Paranhos, um policial civil foi morto dentro de uma academia na terça-feira à noite. Na ação dos bandidos, outras quatro pessoas acabaram feridas. Já na noite de quarta, desta vez na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com Ponta Porã, o empresário e narcotraficante, Jorge Raffat Toumani, foi morto após cair em uma emboscada.

Direto das ruas/Campo Grande News

Fuzil instalado em uma caminhonete roubada na Argentina, foi usado para matar narcotraficante em carro blindado

Armamento antiaéreo - Rafaat foi condenado a várias penas que, somadas, totalizam 47 anos de prisão em regime fechado, além de multa de R$ 403,8 mil. Ele estava em uma Hammer blindada que não suportou os disparos de armamento calibre .50, usado em táticas antiaéreas pelas Forças Armadas. A arma estava acoplada na parte traseira de uma camionete Toyota Hilux SW4. Os seguranças de Rafaat reagiram e houve troca de tiros com os executores do narcotraficante.

Parecia guerra - O tiroteio mais parecia uma guerra, segundo moradores daquela região de fronteira. De acordo com a polícia paraguaia, cerca de 100 homens foram contratados e posicionados ao longo da rua onde Jorge Rafaat sofreu a emboscada. Pelo lado do empresário morto, cerca de 30 homens faziam a sua segurança.

Orações e apelos - O site Campo Grande News informou que após a execução de Rafaat vários estabelecimentos metralhados em pleno centro de Pedro Juan Caballero, moradores pediram orações e fizeram apelos nas páginas sociais para que não prevaleça o senso comum de que a cidade é dominada por traficantes. “Deus, proteja os inocentes que estão por aqui por motivo de estudo e trabalho. Oremos por nossa cidade para que possamos viver em paz”, disse uma internauta.

Espaço para criminosos - O governador Reinaldo Azambuja disse que a ausência das forças federais na área de fronteira de Mato Grosso do Sul abre espaço para narcotraficantes e facções criminosas. "Existe um abandono por parte da União nesta região e em todas as fronteiras do Brasil, algo que é grave e sério, pois quando se abandona, esse espaço é ocupado por milícias e facções", comentou.

Mais investimento - Reinaldo destacou que as forças policiais do Estado estão fazendo seu trabalho, mas é necessário atenção especial da União. Na segunda-feira (20), ele e outros governadores vão se reunir com o presidente interino Michel Temer. Azambuja vai aproveitar o encontro para reforçar a necessidade de o Governo Federal investir na segurança das regiões de fronteira.

Por aqui - Nesta região de fronteira com a Bolívia, felizmente ainda não vemos guerra de facções criminosas, mas o tráfico de drogas, de armas e o contrabando são gargalos para a fiscalização de uma extensa área, onde existem diversos caminhos para a entrada ilegal no Brasil. Embora tenhamos aqui a Receita Federal, a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Departamento de Operações de Fronteira, Polícias Civil e Militar, é inegável a necessidade de melhor aparelhamento das instituições e aumento de efetivo.