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Medidas de segurança no final das aulas oferecem proteção a crianças nas escolas

Caline Galvão em 30 de Maio de 2016

Instituições de ensino que trabalham com Educação Infantil estão atentas à segurança das crianças nas escolas. Tanto na rede pública quanto na particular, o cuidado com estudantes de até 07 anos de idade é redobrado. Não é qualquer um que entra nessas instituições e somente pessoas autorizadas pelos responsáveis legais podem levar esses estudantes para casa. Até mesmo parentes não podem tirar essas crianças da escola sem prévia autorização do responsável. As medidas de segurança têm se mostrado rigorosas nas escolas de Corumbá e contam com a aprovação dos pais.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Mães se sentem seguras deixando filhos em escolas e creches da rede municipal

Na Rede Municipal de Ensino de Corumbá, não há possibilidade de nenhum estranho levar crianças de dentro das escolas, segundo a secretária de Educação, Roseane Limoeiro. Isso porque nos Centros de Educação Infantil e nas creches, a segurança é rigorosa e somente pessoas autorizadas e cadastradas é que podem levar os menores para casa. Ela disse também que o município está instalando câmeras de segurança que serão entregues pela Prefeitura na próxima semana para oito escolas. Elas serão interligadas ao sistema de segurança da Guarda Municipal. De acordo com Roseane, não há nenhum registro de situação em que crianças da Rede Municipal de Ensino foram levadas ou tentaram levá-las por desconhecidos.

“Nos Centros de Educação Infantil, as crianças são pegas dentro da escola e os pais têm que deixar o nome da pessoa que eles indicam para poder pegar essa criança. Os pequenininhos de zero a cinco anos são pegos dentro da escola, das mãos das professoras ou das atendentes, que já conhecem por conta da rotina. Crianças maiores também são pegas dentro da escola. Agora, de 6ª a 9ª série, que já são adolescentes, como a maioria já é aluno que vem de muitos anos na escola e são conhecidos, já tem toda uma conversa com eles e com os pais para que tomem o extremo cuidado de sair da escola e ir direto para casa e não desviar do seu caminho”, disse Roseane Limoeiro ao Diário Corumbaense.

Tatiane Roberto é coordenadora do Centro de Educação Infantil Estrelinha Verde, vinculado ao município, e sabe o quanto são importantes medidas de segurança no local. A escola trabalha com mais de 200 crianças de quatro a cinco anos nos turnos da manhã e tarde. “Nós temos uma auxiliar de disciplina que fica no portão. No momento em que o responsável chega, se identifica para ela, vem até a sala de aula e pega a criança da mão do professor. Caso o professor não conheça esse responsável, ele é encaminhado à direção, nós ligamos para confirmar se realmente é da família para poder entregar  criança. Alguns responsáveis, quando não podem vir no horário, vêm antes, informam que por algum motivo não vão poder vir, e trazem a pessoa e a apresenta”, explicou Tatiane.

Elisandra Gonçalves Valverde foi buscar a filha Isabella, de 04 anos, no Estrelinha Verde e garantiu que a segurança das crianças no local é bastante rigorosa. “A professora só entrega para o pai ou para a mãe e se, porventura, vir outra pessoa, tem que avisar. Quando você faz a matrícula, eles perguntam quem vai vir buscar a criança, no meu caso, quando dá para vir eu venho, quando dá para o pai, ele vem, mas já foi falado em reunião que quando for tio ou avó tem que avisar a moça que fica na portaria”, explicou.

Escola trabalha com mais de 200 crianças entre 04 e 05 anos e mantém controle rígido de segurança

Do mesmo centro educacional saiu Cecília Duarte levando a filha Beatriz, de 04 anos, para casa. “Só eu pego ela aqui. Eu me sinto segura, mas não sei se em outras escolas seria a mesma coisa”, disse Cecília que garantiu que a escola não deixa outra pessoa pegar sua filha, com exceção de seu sogro que também é conhecido da instituição. “Eu acho essas medidas corretas porque a gente sabe que as crianças estão sendo entregues nas mãos das monitoras e não ficam largadas no portão sozinhas. A gente sabe que vamos entregar as crianças para elas e na hora da saída elas também ficam no portão porque não entra qualquer um aqui”, completou.

Somente a mãe, o pai ou o padrinho de Mateus, de 05 anos, estão autorizados para levar o estudante para casa, segundo Algilene Ferreira, mãe de Mateus. “Se não for esses três, ele não sai. Eu me sinto segura. No caso de hoje, o padrinho não pôde vir, então avisei logo na entrada porque eu trago e o padrinho pega e hoje, logo quando cheguei, avisei que quem iria pegá-lo seria eu”, disse.

Na Escola Municipal Barão de Rio Branco, durante todo o ano letivo, é informado ao auxiliar de disciplina e à coordenação da escola quem são os responsáveis por pegar e trazer as crianças. O responsável pega a criança de até 07 anos de idade dentro da sala de aula. A partir dos 08 anos de idade, o estudante fica no pátio com o auxiliar de disciplina esperando pelo pai. De acordo com o diretor Genilson Canavarro, o auxiliar só vai embora depois que a última criança sai da escola.

“Já teve uma pessoa da família que veio e levou uma criança, aí quando a mãe veio buscar, ela reclamou que não havia autorizado, mas só que quem veio pegar era a irmã dela que veio pegar o filho e aproveitou e levou o sobrinho, mas não a avisou. No outro dia, tive que chamar os pais para fazer uma reunião para notificá-los por não terem avisado e por que pegaram a criança sem autorização. Quando dá algum problema nesse sentido é chamada a família para resolver a situação e assinar um protocolo”, comentou Genilson Canavarro.

Instituições privadas também cuidam da segurança dos estudantes

Nas escolas particulares a segurança não é tão diferente. Carla Martins Mansilla Ady, diretora-pedagógica da Escola Tenir, explicou que as crianças da Educação Infantil até o quinto ano, que estão na faixa etária até 10 anos de idade, aguardam a chegada dos pais dentro da escola. No entanto, as crianças até o primeiro ano do Ensino Fundamental, ou seja, até 07 anos de idade, esperam pelos responsáveis dentro da sala de aula, com os professores. “Caso o pai não vá e queira mandar outra pessoa pegar a criança, ele deve deixar pré-autorizado, deve informar na portaria ou à professora da sala que outra pessoa vai vir buscar”, afirmou Carla.

Em escola particular, crianças são monitoradas por câmeras, funcionários e não saem do local sem os responsáveis

No Tenir, somente a partir do 6º ano os adolescentes podem ir para casa sozinhos. Além dos funcionários, o colégio conta com auxílio de câmeras de segurança. “Essas medidas de segurança são extremamente importantes porque a gente cuida do maior bem que uma pessoa pode ter que é seu filho”, afirmou Carla Martins. Há também um segurança na porta da escola. “Todos os cuidados a gente tem. São 50 anos que a gente vem trabalhando com crianças e, graças a Deus, nunca aconteceu nada de errado”, assegurou a diretora-pedagógica a este Diário.

No Tenir, Rossini de Souza, pai de Adriel de Souza, de 06 anos, afirmou que seu filho não sai da escola se não for com um responsável e não fica também na calçada. “Ele só sai comigo, com a mãe, com minha mãe ou minha irmã, fora isso não tem outra pessoa”, disse Rossini. Segundo ele, o porteiro já conhece as pessoas que pegam as crianças e elas não ficam na calçada.

Simone de Araújo Roca tem dois filhos matriculados no Tenir, Mauro e Giovana, de 04 e 09 anos de idade. “Eu acho bem organizada essa parte da segurança porque a gente observa que os próprios funcionários da escola observam a saída, são dois funcionários na parte interna e um na parte externa e eles observam a saída e a entrada. O menor fica com o professor e só sai mediante autorização nossa”, disse Simone que afirmou que a filha mais velha há cinco anos estuda no Tenir e nunca teve problemas com a segurança dela.

Há 50 anos funcionando, direção do Tenir diz que nunca teve problemas com segurança dos estudantes

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