Da Redação em 10 de Maio de 2016
Sequestro que não houve - O Comando do 6º Batalhão de Polícia Militar esclareceu na tarde da segunda-feira, 09 de abril, que não houve sequestro de uma mulher e uma criança, de 05 anos, em Corumbá, como foi amplamente divulgado pela cidade durante o dia. De acordo com a subcomandante do 6º Batalhão, major Katiane Almeida, a origem da informação “não se tratava de militar que dispomos ‘oficialmente’ para essas tratativas, e a denúncia ainda não havia sido atendida, nem sequer esclarecida ... por fim, não se configurou tal delito... tendo sido a divulgação precipitada...”, disse em mensagem aos veículos de comunicação de Corumbá.
Teve golpe - Este Diário também entrou em contato com o delegado titular do 1º Distrito de Polícia Civil de Corumbá, Pablo Gabriel Farias da Silva, que disse que o máximo que pode ter ocorrido foi o caso de uma pessoa ter sido vítima do golpe do falso sequestro. O golpe consiste na realização de chamada informando sobre a realização de um suposto sequestro de algum familiar da pessoa que atende a ligação.
Como age o golpista - Na maioria das vezes, o golpista liga pedindo que desligue seu celular durante um determinado período, sob a alegação de que seu aparelho foi “clonado”. Durante esse período, ele entra em contato com seus familiares e informa sobre o “sequestro”. A família, ao tentar entrar em contato com a pessoa, percebe que o aparelho está desligado, e acaba acreditando na farsa.
Dica é ficar atento - Veja algumas dicas para evitar cair nessa farsa: ao receber ligações de pessoas desconhecidas, não forneça seus documentos e dados pessoais. Oriente seus familiares a procederem do mesmo modo; fique atento ao receber ligações a cobrar ou com o número de origem inibido; caso seja vítima deste golpe, verifique se seu parente está bem e desligue o aparelho; registre a ocorrência na delegacia de polícia mais próxima.
Chegou atrasado - A julgar pelo fechamento da segunda-feira (09), o 1º de abril chegou atrasado em Corumbá. Já passava das sete da noite quando veio a informação de que uma empresa de segurança e transporte de valores, a Brinks, localizada na rua Porto Carrero, estava sendo assaltada. Os moradores e quem passava pelo local, ficaram assustados com o barulho de tiros e a movimentação da polícia.
Anderson Gallo
Dezenas de policiais foram para a porta da empresa; na segunda foto, uma cápsula deflagrada e encontrada por populares
Era treinamento - Depois de todo o alvoroço, áudios sendo compartilhados no aplicativo WhatsApp e gente apavorada comentando o assalto nas redes sociais, a Polícia Militar informou que tudo não passou de um treinamento da empresa, previamente “oficiado e coordenado”. Mas, quem mora naquela região garante que não foi informado sobre a ação e levou um baita susto. Até muitos policiais não estariam sabendo do treinamento e acharam que se tratava de roubo.
Muito real - O fato é que tudo pareceu muito real e algumas pessoas que estavam no local garantem que houve disparos de arma de fogo e muitas cápsulas deflagradas foram encontradas no chão, além de marcas de tiros nas paredes da empresa. O Comando da PM informou que esse tipo de treinamento “é bem próximo da realidade” para que não só os funcionários da transportadora de valores, mas a própria polícia, tenham um “tempo de resposta” caso ocorra, de verdade, uma situação de roubo. Agora é avaliar os reflexos desse treinamento, como falha na comunicação aos moradores e entre as próprias polícias.
Já foi alvo de bandidos - A mesma empresa transportadora de valores, no dia 14 de novembro de 2012, foi alvo de uma tentativa de assalto. Na época, dois bandidos armados entraram no prédio e fizeram um vigia refém. A Polícia Militar cercou os assaltantes, que seriam de São Paulo e Minas Gerais. Somente depois de cinco horas de negociação, os bandidos se renderam. Com eles, foram encontrados cinco pistolas 9 milímetros, um revólver 357, um fuzil 762 e em torno de 1.500 munições de vários calibres. Mas isso, em 2012, não ontem, que fique bem claro.
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