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Major Gama contou a história da cachaça, tipicamente brasileira

Rosana Nunes em 07 de Fevereiro de 2016

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Major Gama trouxe 600 componentes para a avenida

Primeira a desfilar neste domingo, 07 de fevereiro, pelo grupo de Acesso, a escola de samba Unidos da Major Gama apresentou o enredo “Cachaça, seja no copo, na garrafa, no gargalo ou no barril, patrimônio histórico, cultural do meu Brasil". Agremiação contou com 600 componentes; um carro abre-alas e dois carros alegóricos.

A Comissão de frente trouxe 12 componentes com fantasias dos "Escravos africanos na colheita de cana de açúcar". Vestidos de bermuda surrada, com aspecto sujo, e malha negra, representaram a raça africana. Na cabeça, a alegoria era uma carranca africana com vários tons de penas lembrando a alegria desse povo. Nas costas um esplendor remeteu à cana de açúcar e às forças que tinham para carregar o produto até as fazendas onde eram estocadas.

Carro abre-alas trouxe esculturas de negros e carrancas representando a escravidão; carro denominado "Descoberta da cachaça pelos escravos africanos". A pomba branca fez alusão ao final da escravidão e as garrafas lembraram o enredo da escola.

Três alas deram sequência ao desfile. São elas: ala "Cana de Açúcar", que é a matéria-prima para a fabricação da cachaça. Representaram o canavial em dois tons de verde (bandeira e limão) e o branco, o açúcar. Ala "Portugal" relembrou a chegada da Coroa Portuguesa ao Brasil e a seguida extração da cana por seus escravos. Fantasias nas cores vermelho, verde e branca trouxeram na alegoria de cabeça e no peito a Cruz de Malta, símbolo dos navios portugueses. Ala dos "Escravos Africanos" tiveram fantasias nas cores preto e branco e um complemento verde lembrando a zebra, animal que habita as savanas africanas.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Casal de mestre-sala e porta-bandeiro, Cleber e Letícia

Mestre-Sala e Porta Bandeira, Cléber e Letícia, foram "Rei e Rainha Africano". Fantasias confeccionadas em filtro preto e tecido com gravuras de um guepardo, felino africano veloz. Trouxeram dentes de leão em resina, plumas coloridas em tons verde e vermelho, rabo de gato com acabamento verde limão; saia com uma carranca africana no centro e cores verde, rosa, prata e dourado.

Com ala "Ouro de Minas Gerais", desfile retratou decadência do açúcar nos grandes centros comercias após a descoberta do ouro. Escravos migraram para o garimpo. As fantasias nas cores dourado e laranja representaram o ouro e o sol. Na ala "Culinária" desfile retratou que a cachaça faz parte de vários pratos brasileiros, como no amolecimento do frango caipira, cozimento do pato selvagem, no preparo do leitão e na gastronomia em geral. Suas cores foram o vermelho e branco com complementos dourados.

Rei e Rainha de Bateria, Paulo Rey e Aryanne Urquiza, vieram  fantasiados de "Queimada do melaço da cana de açúcar". Bateria trouxe 80 ritmistas com a fantasia "Cana de açúcar nas fornalhas do engenho". Representaram a destilação da cachaça nos tons verde limão e bandeira e amarelo. Adereço de cabeça eram as grandes chaminés dos fornos.

Alejandro Brown/Diário Corumbaense

Rainha, Aryanne Urquiza e Rei da bateria, Paulo Rey

Carro das "Festividades" trouxe para a avenida o carnaval, festas juninas, festival das águas e demais festas onde é possível encontrar a cachaça, bebida tipicamente brasileira. O destaque central teve a fantasia do majestoso príncipe do lago dos cisnes.

Sequência de alas no desfile da Major Gama teve "São João”, lembrando a cultura das festas do mês de junho, que realizadas no período entre outono  e inverno, tem na cachaça um integrante da bebida "quentão" e, "Caipirinha", remetendo a bebida tradicionalmente brasileira feita com cachaça pura, limão e água.

Fantasias da Ala das Baianas remeteram  à “Metamorfose” das borboletas e fez uma analogia com a cachaça, que da cana passa por todo um processo até se tornar a bebida típica do Brasil. As cores predominantes foram verde, preto e amarelo. As cores da cabeça representaram uma borboleta.

Ala encenou “Catadores de cana de açúcar”, que têm no cotidiano árduo trabalho de colheita da cana. Fantasias destacaram o chapéu usado para proteção contra o sol e a foice. Com garrafas nas palas e no adereço de cabeça ala “Cachaça” expressou a força dessa bebida no país. Trouxe as cores preta, vermelho azul e branco, além de taças para consumir a cachaça. O destaque de chão, Márcia Lins, representou a dama da noite dos botequins.

Carro alegórico “Rio de Janeiro” fechou desfile da Unidos da Major Gama. O Rio de Janeiro foi o primeiro estado do Brasil a implantar uma lei transformando a cachaça em patrimônio cultural e reconhecer, em 2012, a bebida como produto tipicamente nacional. Destaque principal foi o carnavalesco João Braga, representando o malandro carioca, ao lado de passistas.

Galeria: Major Gama - 2016 - Fotos: Anderson Gallo e Alejandro Brown

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