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Turistas aproveitam os últimos dias de pesca liberada no Pantanal

Camila Cavalcante em 03 de Novembro de 2015

Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

No fim de semana, vários grupos de turistas partiram para o Pantanal para aproveitar os últimos dias de pesca liberada

O período de Piracema se aproxima e o setor de turismo pesqueiro e funcionários recorrem a diversas alternativas de renda, durante a proibição da pesca por quatro meses para a reprodução dos peixes. A presidente da Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo (Acert), Joice Carla Santana Marques, disse que, apesar do ano ter sido conturbado, por causa da crise econômica no País, o setor conseguiu se manter ativo em Corumbá e nestes dias recebe os últimos grupos de turistas de pesca.

“O período de pesca livre em Corumbá foi bom, apesar de o Brasil viver uma fase mais difícil, mas o pessoal não deixou de vir pescar no Pantanal. Para 2016, temos muitas propostas e pacotes, afinal, o setor turístico de Corumbá emprega um bom número de pessoas. Acredito que com a alta do dólar, muita gente continuará deixando de curtir férias fora do Brasil para conhecer um pouco mais do nosso país e isso inclui o Pantanal”, afirmou Joice.  

No fim de semana, um grupo de turistas veio de São Paulo aproveitar os últimos dias de pesca liberada. “Há anos venho para Corumbá aproveitar a natureza deste local. Sempre reunimos um grupo de amigos e reservamos no começo do ano a viagem.  Gostamos de praticar o pesque e solte, pois acreditamos que não vale a pena retirar tanto pescado do Pantanal, é um local que merece ser contemplado, conservado. É preciso uma campanha de ampla conscientização para que seja mantido e as futuras gerações o conheçam”, disse ao Diário Corumbaense, o empresário José Aparecido de Carvalho, conhecido como Zélão, de São Paulo.

Algumas empresas se prepararam para o período de “descanso”, no setor turístico. “Esta última semana foi movimentada, com muitos turistaa chegando, participando dos pacotes e encerraremos nossas atividades com um bom movimento. Infelizmente temos que parar as atividades da empresa até janeiro e dispensar alguns funcionários. Mas para 2016, já temos a primeira viagem agendada para 1º de fevereiro, quando pesque e solte estará liberado. Estamos investindo, elaborando pacotes, descontos, assim como trabalhamos para manter o setor ativo em  2015”, apontou Juciléia de Souza Campos, gerente de empresa de turismo.  

A pesca fica proibida nos rios de domínio do Estado de Mato Grosso do Sul, anualmente, no período de 05 de novembro a 28 de fevereiro, a fim de permitir a reprodução natural dos peixes. Ainda de acordo com a resolução vigente, a proibição recai sobre as bacias hidrográficas dos Rios Paraguai e Paraná, incluindo os lagos e lagoas, os alagados, os canais e os banhados marginais aos cursos d'água.

O turismo contemplativo e ecológico também tem atraído visitantes

Setor busca alternativas para manter turismo ativo em Corumbá

Neste ano, durante o período de Piracema, um novo produto turístico será lançado: é o Cruzeiro no Pantanal, iniciativa da empresária Joice Carla Santana Marques. “O Cruzeiro no Pantanal irá utilizar a estrutura dos barcos hotéis que temos, para oferecer um turismo de contemplação nesses 4 meses de piracema, e esperamos que dê certo. É um projeto novo e já temos cinco grupos fechados para o período, que diferente dos anos anteriores, manterá os funcionários em seus quadros, sem demissão em minha empresa.  É um produto que será lançado no encontro de Turismo de Fronteira (de 06 a 09 de novembro). Temos inclusive proposta de preço especial para que os próprios moradores de Corumbá possam conhecer a cidade e o Pantanal a um preço acessível”, explicou a empresária.

Joice atua no setor de pesca esportiva há 15 anos, e afirma que o Cruzeiro é a oportunidade de ampliar os negócios no período em que a pesca é proibida nos rios do Pantanal. “O Cruzeiro irá oferecer um dia de turismo com um passeio pela cidade, pelos principais pontos, com visitação ao Cristo Rei, museu, às praças num city tour, com hospedagem local, utilizando ainda a mão de obra local, depois. Depois o turista embarca em um barco hotel, onde ficará três dias conhecendo o pantanal com saída de Corumbá até o porto da Manga e Paraguai Mirim, que inclui trilha, passeio de bote e apreciação”, explicou.

E mesmo em plena época de pescaria, já há quem venha realizar o turismo ecológico, ou de contemplação, como é o caso da paulista Rosemeire Mansur, de 64 anos,  que está em Corumbá pela segunda vez. Na primeira, ela veio com o filho, para o turismo de pesca e desta vez, veio com um grupo de amigos para o turismo contemplativo. “Conhecemos a casa da Izulina Xavier, uma pessoa incrível, com um dom fascinante, além disso, fomos à Bolívia, visitamos alguns pontos turísticos, e realizaremos ainda um safari, para conhecer algumas trilhas, e quem sabe tenhamos a sorte de ver muitos animais do Pantanal”, afirmou.

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