PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Brasileiros e bolivianos se mobilizam contra redução da cota de produtos importados

Da Redação em 17 de Março de 2015

Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Manifestantes saíram em caminhada até a fronteira com Corumbá

A fronteira entre Brasil e Bolívia foi fechada na manhã desta terça-feira (17) durante a mobilização de comerciantes e trabalhadores bolivianos e brasileiros contra medida do governo brasileiro que baixa de U$S 300 para 150 dólares a cota de produtos importados, permitida para compras no exterior sem o pagamento de impostos. A redução está prevista para entrar em vigor em julho deste ano, e a reivindicação é que ao invés de diminuir, a cota aumente para 500 dólares.

“A nossa maior preocupação é que na medida em que essa cota fica desestimulante para que as pessoas venham visitar a fronteira em busca de produtos do lado da Bolívia, os  empregos diretos de brasileiros e de bolivianos que trabalham do lado de cá da fronteira vão diminuir. Esse impacto vai gerar efeitos negativos nos dois lados, com diminuição de todos os postos de trabalho, atingindo, inclusive, o turismo, o setor de hotelaria e restaurantes. Quanto menos pessoas passam a vir para cá, menos dinheiro circula na economia de Corumbá, Puerto Quijarro e Puerto Suárez. A cota terrestre hoje é 300 dólares e vai passar para 150 dólares e a cota aérea é de 500 dólares, então, por que não 500 dólares para a cota terrestre também?”, questionou ao Diário Corumbaense a representante da Associação do Shopping Puerto Aguirre (ACSPA), Lucia Philbois.

Com redução de cota, a ameaça de desemprego assusta bolivianos e brasileiros

Intitulada Movimento Fronteiras Unidas, centenas de pessoas aderiram à manifestação e o comércio fechou as portas. Com faixas e cartazes, saíram em caminhada pela principal rua de Puerto Quijarro até Arroyo Concepción, na fronteira com  Corumbá, onde houve um ato público. “O que nós queremos é pedir às autoridades nacionais que não tomem essa medida de redução da cota, pois isso atinge e muito o comércio local como também a economia em Corumbá. Vai diminuir muito o movimento para os comerciantes da região”, falou Ever Sanches, representante da Câmara de Indústria e Comércio da Província de German Bush.

“Nossa intenção é sensibilizar as autoridades brasileiras para que o  intercâmbio comercial seja completo. As cotas sempre foram acessíveis e para atender a população das cidades de fronteira e hoje, está havendo um retrocesso. Queremos mostrar para as autoridades que não e bom para nenhum lado porque a gente quer que os brasileiros venham comprar aqui e que a gente possa comprar no Brasil também, sem que haja tantas restrições”, disse o comerciante Jorge Davi Tocale Carneiro.

Além da caminhada, comerciantes fecharam as portas em adesão à mobilização

A mobilização desta terça-feira também foi realizada nas cidades da fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai.

Decisão é do governo

Procurado por este Diário, o inspetor-chefe da Receita Federal de Corumbá, Eduardo Fujita, ressaltou que qualquer mudança depende do governo brasileiro. “O que nós temos é a portaria do Ministério da Fazenda n° 307/2014, que regulamentou a instalação das lojas francas e programou desde o ano passado, que a partir do dia 1º de julho de 2015 a cota para turistas que vão ao exterior por meio terrestre, vai diminuir de 300 dólares para 150 dólares. Por enquanto, o que temos como unidade local da Receita Federal é essa diminuição. Agora, se vai haver alguma alteração ou aumento da cota, isso será uma decisão política do Ministério da Fazenda e do Governo Federal. Até o momento, nós não temos conhecimento de nenhuma mudança", explicou o inspetor.

 

Galeria: Protesto comerciantes Bolívia

Abrir Super Galeria
Comentários:

Janaina Muniz: O que eu acho mais engraçado é que ninguém pensa naquele empresário que quer abrir uma loja em Corumba ou Ponta Porã e não consegue porque o povo do outro país quer seu lucro e que se lasque quem quer trabalhar na cidade ou abrir uma loja... sabe pq nunca vão abrir um shopping ou uma loja grande em Corumbá? Por causa da Bolívia... em relação a quem está empregado do lado da Bolívia vale lembrar que são descendentes de brasileiros, ou seja muitos filhos de bolivianos, paraguaios... e os brasileiros que fiquem desempregados pq a economia deles vão cair por causa da redução de compra? e nós aqui... abrem o olho brasileiros, o lucro que eles lá tem vcs perdem aqui para investimentos, abertura de novos comércios e assim abertura de empregos e assim vai.

fabio bohn: Eu acho que o governo quer fazer isso para arrecadar mais impostos ainda, ja não basta o que pagamos de impóstos querem cobrar ainda mais para custear esse bando de mercenários que temos administrando nosso país, eesa cota de $$ 300,00 já esta defasada pela inflação, e cade o mercosul, livre comercio entre países que fazem fronteira com o Brasil

PUBLICIDADE