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Trabalhadores bolivianos fecham a fronteira em luta por aposentadoria integral

Lívia Gaertner em 15 de Maio de 2013

Setores organizados de trabalhadores de diversas áreas da Bolívia, entre eles da Saúde e da Educação, fecham por períodos determinados, desde terça-feira, 14 de maio, a fronteira entre Brasil e Bolívia, na cidade de Puerto Quijarro. A mobilização acontece em todo o país, onde os trabalhadores buscam acordo com o Governo Federal para o recebimento de aposentadoria com o valor integral da contribuição previdenciária.

Fotos: Anderson Gallo/Diário Online

Professores, profissionais da Saúde e demais trabalhadores fecham fronteira por tempo determinado desde a tarde de 3ª feira

Segundo os manifestantes, o Governo implantou uma lei que determina apenas 40% desse valor para as classes trabalhadoras, enquanto mantém a taxa integral, por exemplo, aos militares. "Onde há nosso dinheiro de contribuição de 35 anos com o Governo Boliviano? Há um acordo para 40 ou 50% e nós queremos começar a pensar em 85%. Vamos seguir na luta até que o Governo nos escute", declarou Lucio Tejerino, representante da Central Obrera Regional, filiada a COB (Central Obrera Boliviana), entidade que equivale a CUT (Central Única dos Trabalhadores) no Brasil.

Ele esclarece que essa lei foi aprovada sem o consenso da maioria dos bolivianos e por isso os trabalhadores pedem uma revisão em seu texto. O movimento já vem causando paralisações e confrontos entre trabalhadores e forças de segurança em toda a Bolívia desde a semana passada.

Lucio Tejerina, representante da Central Obrera Regional (COR) diz que lei que prevê aposentadoria com 100% de contribuição tem que atingir a todos os trabalhadores

Na fronteira, os professores, tanto da área urbana como rural, estão sem ministrar aulas há cerca de uma semana. Na Saúde, apenas atendimentos considerados de emergência estão sendo realizados.

"Queremos e estamos exigindo uma aposentadoria digna com 100% de nosso salário. Sabemos que nosso salário no Magistério é muito baixo e por isso fazemos esse pedido ao Governo Central, que revise a lei 065 que foi aprovada anteriormente. Esta é a nossa justa reclamação", disse ao Diário o professor Luis Carlos Gil Aguillar.

Ele declarou que, em média, o salário de um professor na Bolívia gira em torno de 2 mil bolivianos, o que na moeda brasileira, equivale a R$ 576,40, conforme câmbio atual do Banco Central. Segundo o representante dos trabalhadores em Educação, somente na região de fronteira são 300 professores nessas condições.

Professor Luis Carlos Gil Aguilar explica que salário de profissionais da Educação é muto baixo na Bolívia

As vias de acesso para a capital do estado de Santa Cruz, a cidade de Santa Cruz de La Sierra, estão fechadas. E para ingressar em terras bolivianas pela fronteira com Corumbá, somente se for a pé. Veículos, principalmente caminhões que se destinam ao comércio de importação e exportação de produtos diversos, são barrados e formam uma fila tanto do lado boliviano como brasileiro. Entretanto, o fechamento da fronteira tem horário definido, ou seja, ocorre em apenas um período do dia. Segundo os manifestantes se não houver um acordo com o Governo Boliviano, os bloqueios se intensificarão e poderão ser ininterruptos e por tempo indeterminado.

Leia também: Ministro boliviano diz que movimentos sociais querem derrubar Governo

 

Comentários:

Jose Carlos Mendonça: Reivindicação de Aposentadoria Integral é motivo para fechamento de fronteira? Então vamos fazer barricada do lado de cá também. Comparar o salário dele com o nosso é simplesmente absurdo, estamos entre as maiores economias do mundo e a Bolívia nem figura na lista. É simplesmente um absurdo, eu estava do outro lado quando fecharam e tive que voltar pela "cabriteira". Um abuso.

alessandro dantas: ESSES BOLIVIANO SEMPRE SE APARECENDO O BRASIL DEVIA FECHA DE UMA VEZ ESSA FRONTEIRA PRA VE O QUE IRAM FAZER SEM NOSSA AJUDA.

Cynthia Saffe: Boa Tarde, gente tudo bem que não sera possivel que os professores da Bolivia ganhem o mesmo que um professor do Brasil... Mas vejamos como um todo... eles são humanos tbm, e eu apoio sim as reenvindicações deles... Ao contrario de nós BRASILEIROS, eles Bolivianos, não aceitam tudo, como nós,so sabemos lamentar,MAS não fazemos uma "manifestação"... O que nós fizemos qndo explodiu o roubo da prefeitura, do hospital, e agora com o absurdo dos valores dos IPTU's....??? Sabe o que fizemos NADA, so ficamos reclamando e mais nada. A pezar da bolivia ser um pais extremamente pobre, eles reenvindicam, dão a cara a tapa. E nós???

Wagner Luis Weber: O que tem a ver uma coisa com a outra? Por qualquer coisas esses caras 'hechan la frontera'.... Oh, hermanos! Lo que tenemos con sus problemas?

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