Leonardo Cabral com Ascom PC/MS em 13 de Dezembro de 2024
Divulgação/Polícia Civil
Iniciativa visa tentar “frear” o crescente número de golpes e crimes cometidos por meios digitais
A iniciativa visa tentar “frear” o crescente número de golpes e crimes cometidos por meios digitais em todo o estado. Muitas pessoas acabam caindo em golpes cibernéticos. Em Corumbá, no início de dezembro, por exemplo, uma mulher de 46 anos, foi vítima de golpe por meio do mensagens no WhatsApp.
A fraude resultou em um prejuízo de R$ 85.697,91, entre transferências Pix e empréstimos realizados em sua conta bancária. O estelionatário se passou por gerente do banco onde ela tinha a conta, induzindo-a nas transações bancárias.
“Por muitas vezes, a vítima reside no Mato Grosso do Sul e os autores estão em outros estados. Isso exige um fortalecimento da instituição para combater esses crimes com eficiência”, explicou o delegado-geral Lupérsio.
Aprovada por unanimidade
A criação da DERCC foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Superior da Polícia Civil na última quarta-feira (11). O projeto partiu do próprio delegado-geral, que também preside o Conselho Superior.
Segundo ele, a criação dessa unidade é um marco importante para o estado. “Apenas Acre, Rondônia e Mato Grosso do Sul ainda não têm delegacias especializadas nesse tipo de enfrentamento. Estamos evoluindo. Hoje, dificilmente há quem não tenha sido vítima ou alvo, ao menos em tentativa, de crimes cibernéticos. São parentes, amigos, idosos, empresários, comerciantes… todos vulneráveis. Vamos capacitar nossos servidores para atender bem à população e investigar com eficácia”, destacou.
Como a DERCC irá atuar?
De acordo com o texto do decreto que regulamenta a criação da nova delegacia, a DERCC terá jurisdição em todo o Mato Grosso do Sul, focando na investigação de infrações penais praticadas com o uso de recursos tecnológicos ou da internet. Entre os crimes a serem combatidos estão os de natureza econômica e patrimonial, bem como aqueles que atentam contra a honra e a liberdade individual por meio cibernético.
Crimes cibernéticos no Brasil
Dados recentes mostram a urgência da criação de delegacias especializadas. Relatório da Norton Cyber Security, de 2021, classificou o Brasil como o terceiro país com mais dispositivos infectados por ameaças digitais no mundo. Segundo a pesquisa, 58% dos brasileiros afirmaram ter sido vítimas de crimes cibernéticos naquele ano, o que resultou em prejuízos estimados em R$ 32 bilhões.
Golpes financeiros, como o phishing, são os mais comuns. Essa prática consiste no envio de mensagens falsas com links fraudulentos para roubo de dados pessoais e financeiros. Usuários de smartphones e do aplicativo WhatsApp estão entre os principais alvos dos criminosos virtuais.
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