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Munir diz que denúncia tem cunho político e que colabora com investigação da PF

Rosana Nunes em 11 de Dezembro de 2024

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Prefeito eleito de Ladário disse que está tranquilo em relação à investigação

Ao comentar sobre a operação Tanque Cheio, da Polícia Federal, que investiga suspeita de abastecimento de combustível como compra de voto nas Eleições 2024 em Ladário, o prefeito eleito daquela cidade, Munir Sadeq Ramunieh, disse colaborar com as investigações, afirmou que a ação tem cunho político. "Foi um dos coordenadores de campanha do nosso opositor, que era o nosso concorrente. Ele fez uma denúncia de supostos abastecimentos aqui no posto", apontou Munir. A operação cumpriu mandados de busca no posto de combustíveis da família do prefeito eleito, nesta quarta-feira, 11 de dezembro.

"Fornecemos os relatórios, fornecemos a conciliação bancária, conciliação de extrato. Tudo o que precisavam, nós atendemos, até pela transparência que a gente quer dentro dessa investigação. Foi fornecido para eles o que precisavam. A gente sabe que tem cunho político, mas temos muita tranquilidade, porque sabemos que não cometemos nada de irregular, de ilegal", disse Munir em entrevista ao Diário Corumbaense e à TV Morena.

O prefeito eleito explicou porque acredita no "cunho político" da denúncia que levou à deflagração da operação. "Essa denúncia é um procedimento investigatório de um rapaz que foi coordenador de campanha do nosso opositor e hoje está nomeado na Prefeitura ganhando 12 mil reais, num cargo bem elevado. Então, a gente já tem ciência de que existem informações e vamos tomar as devidas providências judiciais também contra a pessoa. A gente sabe que é cunho eleitoral, cunho político, sempre teve esses problemas. Mas, falo a mesma coisa que eu falo há 12 anos. Dois trabalhos: um de investigar e apreender e um de devolver", completou, se referindo a outras investigações em que foi alvo.

Munir disse estar tranquilo com a investigação e informou que entregou o próprio celular para ser periciado pelos agentes federais. "Cedi o meu celular particular, eles pediram se eu tinha o celular, entreguei o celular e o notebook que estava aqui no escritório. Foram as únicas duas coisas que apreenderam. E eu expliquei para eles como funcionava o sistema do posto e eu forneci relatórios, os abastecimentos e conciliamento de banco, de extrato bancário, que é sigiloso, forneci também os extratos de cartões. A gente é transparente e bem tranquilo no que fazemos. Não temos problema com nada, não temos que esconder nada de ninguém, principalmente da população de Ladário. Estamos ansiosos para resolver os problemas de Ladário, uma cidade tão sofrida", concluiu o prefeito eleito, que toma posse em 1º de janeiro.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Policiais federais deixando o posto de combustíveis da família de Munir

A investigação

De acordo com a PF, a operação Tanque Cheio, tem o objetivo de aprofundar investigação sobre corrupção no pleito eleitoral, após denúncia de suspeita de abastecimento de combustível como compra de voto. 

Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Ladário e em Corumbá. Segundo a assessoria de imprensa da PF, as mídias digitais apreendidas serão periciadas. 

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