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Após oito anos, Império do Morro volta a conquistar o título do Carnaval de Corumbá

Rosana Nunes e Leonardo Cabral em 14 de Fevereiro de 2024

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

É o 34º título da Império do Morro no carnaval corumbaense

Por um décimo, o Grêmio Recreativo Império do Morro, quebrou jejum de oito anos e é a maior campeã do carnaval corumbaense com 34 títulos. 

@ForadoRoteiro

A Verde e Rosa totalizou 158,9 pontos em oito quesitos: Harmonia e Evolução; Enredo; Mestre-sala e Porta-bandeira; Alegorias; Comissão de Frente; Bateria; Fantasia e Samba-Enredo, num total de 16 notas (dois jurados por quesito). 

A Unidos da Major Gama amargou pela terceira vez seguida o vice-campeonato, somando 158,8 pontos. A Pesada ficou 5 décimos atrás da campeã, com 158,4 pontos. Mocidade Independente da Nova Corumbá, que buscava o tricampeonato, terminou na quarta colocação, com 157,2 pontos, seguida de Estação Primeira do Pantanal, 157,1; Acadêmicos do Pantanal, 156,6; Caprichosos de Corumbá, 156,5; Marquês de Sapucaí, 155,9; Imperatriz Corumbaense, 153,7 e Vila Mamona, em último, com 150,3 pontos. 

A campeã

Encerrando o desfile oficial das escolas de samba de Corumbá, já na madrugada de terça-feira, 13 de fevereiro, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Império do Morro, trouxe muita emoção em sua apresentação. A agremiação, uma das mais antigas do Carnaval de Corumbá, levantou o público, que retribuiu ovacionando a escola de samba.

Com o enredo “As emoções do cantador pantaneiro”, a verde e rosa mostrou o Pantanal e Corumbá de uma forma diferente, bem mais emotiva, motivo o qual fez com que o público vibrasse durante sua passagem pela passarela do samba.

Na comissão de frente, a escola veio pedindo que o público se deixasse levar pelas emoções do desfile, fazendo assim, um convite para deixar a emoção ser mais forte e seguir além. O elenco recebeu uma “chuva imperiana”, deixando-o imerso em verde e rosa, sob o brilho dourado de um cenário, metaforizando a presença do homem nesse universo pantaneiro, mas principalmente do povo corumbaense, provando que a Império do Morro é raiz em Corumbá.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Edelton e Vallessa, mestre-sala e porta-bandeira, conquistaram duas notas 10

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Edelton e Vallessa, veio como mágico bailado, personificando a essência das emoções que transportam para outros lugares, por meio de giros que ressaltam uma essência, onde a emoção se manifesta das mais variadas formas e inspiram o olhar, mentes e corações e faz a arte da emoção de viver, repleta de utópicos sentimentos, representando um mundo mágico de emoções, um sentimento de pluralidade.

No abre-alas, nada melhor do que uma viagem pelas emoções, com encanto e sedução, a emoção que é um trem que corre sobre as linhas concretas desenhada numa viagem sem fim, sendo retratada no primeiro carro.

A agremiação mostrou as riquezas do Pantanal, da cultura dos povos originários. Junção da rica cultura a esse panteão de emoções que é justamente o Pantanal, que tanto inspira, encanta com suas maravilhas, o Sol que brilha reflete no olhar do cancioneiro pantaneiro, emanando emoção e desaguando saudade.

As raízes africanas também foram retratadas, assim, como o Pôr do Sol no Pantanal, o amor do pantaneiro. Na ala das baianas, a agremiação mostrou a sinfonia popular, suave brisa que embala a sinfonia dos versos, que tocam as emoções.

Se há folia, há emoções, com o reinado da alegria, com a 14ª ala, onde a escola retratou o carnaval, quando todo aquele que se entende como folião, transforma em realidade a nobreza do samba que torce, que vibra, canta, homenageia, aplaude, grita, e vive a grande emoção ao desfilar.

A bateria, regida pelo mestre João Victor, que fez o uso do recuo, trouxe coreografias com batuque ancestral, forma e emoção dos ritmos africanos nos rituais de adoração, elemento cenográfico que fez parte da exibição da bateria durante o desfile, com ritmistas com atabaques. 85 integrantes entoaram os ritmos trazidos da África as raízes do samba.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

A carismática, Carol Duarte, que desde o ano passado voltou ao posto de rainha da bateria

Como realeza da emoção, Carol Duarte, à frente da bateria, revelou a singeleza de viver as emoções que se abrem diante de sentimentos. Diálogo poético com a impactante viagem que a escola fez, traduzida nas mais variadas emoções que o homem pode ter. Embalando sonhos, versos, rimas, paixões que ficam guardados no imaginário de um cantador, pantaneiro, simples e sonhador.

Com muito samba, beleza e carisma, ela foi mais uma vez ovacionada pelo público, que a aplaudia em cada gesto e leveza da interação junto aos ritmistas, que ditavam emocionalmente o ritmo da verde e rosa.

Finalizando o desfile da Império do Morro, a agremiação trouxe o portal das emoções, representando  a mente humana, livre para voar, conduzindo a uma viagem, a uma travessia que leva para além da realidade.

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Galeria: Império do Morro - 2024

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