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Pandemia e Home Office

Coluna Coisas da Língua, com Rosangela Villa(*) em 31 de Agosto de 2020

Caros leitores

Registramos, em edições anteriores, que a situação de pandemia da Covid 19 nos levou a mudanças sensíveis e radicais de hábitos, alguns novos comportamentos ocorreram por necessidade individual, outros, por imposição de regras sanitárias de prevenção coletiva e de preservação da vida. A verdade, é que não somos mais os mesmos diante da doença que nos ameaça.

Muitos não colocam o pé na rua há meses, outros tantos não conseguem se isolar por vários fatores, como, por exemplo, a necessidade do trabalho. Vale lembrar que a última pandemia mortal que assolou o mundo foi a da gripe espanhola (1918-1920), causada pelo vírus influenza. Fomos ameaçados, também, pelo vírus H1N1, que se disseminou como uma epidemia de alcance mundial, atingindo 206 países.

Naquela época, como agora, as pessoas buscavam desesperadamente a cura, em um cenário desanimador, agravado pela lentidão das informações. Atualmente, estamos melhores sob vários aspectos, se é que podemos dizer, as informações chegam de forma rápida, a ciência evoluiu e ganhou investimentos de governos e de empresas interessadas em salvar vidas. Nesse sentido, é certo que estamos mais eficazmente equipados para o combate.

E, diante das mudanças a que fomos submetidos, também nos beneficiamos com aprendizados na linguagem. Exibimos conceitos que agora fazem parte do nosso dia a dia, como drive thru, delivery, lockout, lockdown, e, hoje, o nosso assunto é home office e seu significado. O termo é de origem inglesa e quer dizer confinamento, isolamento ou acesso restrito, usados como medida de segurança. Na tradução literal para a língua portuguesa, a expressão quer dizer “escritório em casa”. Esse método de trabalho domiciliar também é conhecido pela sigla SOHO (Small Office and Home Office). A prática é normalmente usada por trabalhadores independentes, também conhecidos por freelancers, que é o profissional autônomo, que se autoemprega em diferentes empresas, captando e atendendo seus clientes de forma livre.

Com a pandemia e as orientações de isolamento social, os trabalhos em home office se tornaram mais abrangentes e diversificados, ajustando-se às necessidades da sociedade moderna, e atingindo profissionais de muitos setores, além de um contingente imenso de estudantes. Dessa forma, em tempo de contágio global, é prudente, sensato e humano, cumprirmos as novas regras sociais, trabalhando em casa ou não, para que tudo isso acabe no menor tempo possível.

Fiquem bem, e fiquem em casa. Até a próxima!

(*) Rosangela Villa é professora associada da UFMS e colaboradora do Diário Corumbaense.