Campo Grande News em 18 de Setembro de 2018
“Quero provar para todo mundo que sou inocente e não tenho nada a temer. Essa manifestação do Ministério Público Federal, na verdade, é um pedido para avaliar toda a história e até, se for o caso, apresentar denúncia de calúnia contra o Jedeão”, afirma Odilon.
O candidato relata que a PF tinha concluído inquérito em 31 de agosto e que não havia indícios de irregularidades. “No dia 04 de setembro, procurei a PF para que fosse aberto inquérito sobre as denúncias”, diz. Para Odilon, a denúncia é uma vingança alavancada pelo período eleitoral. “Vingança porque eu o demiti, mandei para a rua e ainda abri ação penal contra ele”, afirma o candidato do PDT.
Declarações
Por meio de um documento, com firma reconhecida em cartório em Bauru (interior de São Paulo) e entrevista à Folha de São Paulo, Jedeão, que foi funcionário de confiança por mais de 20 anos do juiz, fez acusações que incluem venda de sentenças, negociata para beneficiar traficante e manipulação para majorar número de apreensões.
Desde as denúncias de sumiço de dólares na 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande e sua demissão, no ano de 2016, Jedeão mora em Cuiabá. Ele justificou que foi para a Capital do Mato Grosso por medida de segurança.
Com 23 páginas e firma reconhecida ao custo de R$ 9,13 num cartório de Bauru. As “declarações por instrumento particular” datam de 15 de junho de 2018. Odilon é retratado por Jedeão como um exibicionista, que passava por cima da lei para investigar a quem quisesse através de uma agência própria de espionagem e de escutas clandestinas
Acusado de desviar R$ 11 milhões da Justiça Federal, o funcionário foi demitido e virou alvo de uma investigação, segundo ele, patrocinada pelo ex-chefe.
Delação
Em julho deste ano, Jedeão procurou o MPF com proposta de delação premiada. A intenção era firmar acordo na ação penal em que é réu por falsidade ideológica e crimes contra a fé pública. Em agosto, a procuradoria informou que "embora não houvesse elementos para colaboração premiada", o MPF analisava a narrativa apresentada por Jedeão para verificar a viabilidade de início de investigação”.
Devido à “notória repercussão” e “elevada gravidade” das denúncias, Nassar determinou os prosseguimento dos trabalhos e o encaminhamento de cópia das declarações de Jedeão à Corregedoria do TRF3. A investigação deve ser encabeçada pela Delecor (Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros) da PF, responsável pela operação Lama Asfáltica.
17/09/2018 Procuradoria manda PF investigar Odilon e encaminha denúncia ao TRF3
No Diário Corumbaense, os comentários feitos são moderados. Observe as seguintes regras antes de expressar sua opinião:
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. O Diário Corumbaense se reserva o direito de, a qualquer tempo, e a seu exclusivo critério, retirar qualquer comentário que possa ser considerado contrário às regras definidas acima.