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César Nicolatti renuncia e Delcídio pede registro de candidatura ao Senado

Rosana Nunes em 17 de Setembro de 2018

Arquivo/Agência Senado

Delcídio do Amaral registrou pedido de candidatura nesta segunda após renúncia de César Nicolatti

O ex-senador Delcídio do Amaral quer entrar na disputa ao Senado Federal em Mato Grosso do Sul. Ele protocolou nesta segunda-feira (17) o pedido de registro de candidatura no lugar do médico César Augusto Nicolatti, do PTC (Partido Trabalhista Cristão), que renunciou em favor de Delcídio. Na página da Justiça Eleitoral, a candidatura do ex-senador está “pendente de julgamento”. A lei eleitoral permite que os partidos façam substituições até 20 dias antes da eleição (07 de outubro). O prazo terminou nesta segunda. 

Delcídio do Amaral teve o mandato cassado em maio de 2016. Antes, ficou preso por cerca de três meses, após ser gravado em seu gabinete por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró. No áudio, ele sugeria um plano de fuga para Cerveró, em troca de silêncio. Na época, o então senador era líder do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado. A prisão foi por tentativa de obstruir a operação Lava Jato. Em seguida, teve o mandato cassado e também fez delação premiada.

A reviravolta ocorreu no dia 12 de julho deste ano, quando o juiz federal substituto Ricardo Augusto Soares Leite, em decisão da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, inocentou o ex-senador sul-mato-grossense, o ex-presidente Lula e outros denunciados, por tentativa de obstrução da Justiça em apurações da Operação Lava Jato.

O magistrado entendeu não haver provas que confirmassem tentativas de Delcídio de interceder pela liberação de Nestor Cerveró. Para o magistrado, houve “inércia de Delcídio” para agir em favor de Cerveró, sendo instado por Bernardo a procurar pessoas que ajudassem a família do ex-diretor, que passaria por dificuldades financeiras, bem como em um suposto plano de fuga.

Com a absolvição, Delcídio requisitou junto à Justiça a possibilidade de disputar a eleição, já que sua inelegibilidade por ter sido cassado no Senado Federal, era baseada nas denúncias em que foi inocentado. Ao pedir o registro de candidatura, o ex-senador apresentou todas as certidões exigidas pela Justiça Eleitoral.

O mandato de Delcídio terminaria no fim deste ano. Quando cassado, o suplente Pedro Chaves assumiu a vaga no Senado Federal. Chaves renunciou à candidatura de reeleição logo após a convenção do seu partido, o PRB.