PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Projeções dão a coligações de Reinaldo Azambuja os maiores tempos de rádio e TV

Campo Grande News em 20 de Agosto de 2018

Os candidatos nas eleições deste ano já estão nas ruas e na internet com suas ações de campanha em busca do eleitorado. Contudo, apenas em 31 de agosto, e ao longo de 30 dias, é que terá início a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão para os 488 inscritos na disputa e os 26 suplentes de senador. A exposição, prevista na resolução 23.551 do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) segue os moldes de anos anteriores, inclusive nos diferentes tempos para cada candidato, e garantiu ao arco de Reinaldo Azambuja (PSDB) as maiores parcelas de tempo.

O horário eleitoral gratuito se estenderá por 35 dias e vai até 04 de outubro, em dois horários no rádio (das 06h às 6h25 e das 11h às 11h25) e na TV (das 12h às 12h25 e das 19h30 às 19h55). Além disso, os concorrentes terão garantidos 70 minutos diários para inserções de 30 segundos e 1 minuto – o uso dessas pequenas propagandas fica a critério de cada partido ou coligação.

Já a distribuição do tempo obedece a dois critérios: de todo o tempo de propaganda, 10% deve ser dividido igualmente entre todos os partidos, independentemente de terem representação ou não no Congresso. Os outros 90% são distribuídos conforme o tamanho das bancadas eleitas para a Câmara dos Deputados na eleição anterior (no caso, a de 2014).

É este o motivo que leva alguns partidos a praticamente passarem em branco na propaganda eleitoral. Por obterem seus registros depois da última eleição (caso do Novo), não terem conquistado representantes na Câmara (situação do PPL, PCO e o PMB) ou contarem com ou feito bancadas com um ou dois parlamentares (PTC e PRTB, entre outros), têm direito a poucos segundos de propaganda.

Da mesma forma, isso também garante que alguns partidos sejam dominantes na distribuição do tempo. Ainda na esteira da reeleição da então presidente Dilma Rousseff, o PT fez em 2014 a maior bancada da Câmara Federal, com 68 deputados federais. Assim, herdou para este ano o maior tempo proporcional entre os 35 partidos inscritos no país: 12,2% do tempo e das inserções será destinado aos petistas, conforme estimativas feitas por especialistas do banco BTG Pactual, realizadas a pedido da imprensa nacional e usadas pelo Campo Grande News na elaboração dos cálculos locais.

O MDB de Michel Temer tem o segundo tempo da propaganda eleitoral (11,7%), seguido do PSDB (9,8%) e do PP (7%). Novo, PPL e PMB terão 0,3% desse tempo, conforme o BTG, o que representaria, em Mato Grosso do Sul, parcos 2 segundos na propaganda para deputado federal. Na corrida para o Senado, a distribuição do tempo deixou para Thiago Vargas (PPL) 1 segundo de exposição na TV. Não por acaso, muitos candidatos prometem intensificar o uso de redes sociais e outras alternativas para contatar o eleitorado.

Com 14 partidos em seu entorno, Reinaldo Azambuja conseguiu o maior tempo de rádio e TV na propaganda eleitoral: em cada bloco de 9 minutos para a propaganda dos candidatos a governador, terá quase 43% do tempo. Junior Mochi (MDB) terá 26,4% do tempo. Na outra ponta, João Alfredo (Psol) terá 7 segundos.

Para o Senado, como exposto com o candidato do PPL, a diferença de tempos também chama a atenção. Waldemir Moka, único candidato lançado na chapa do MDB, deve ter mais de um minuto e meio para sua campanha. A chapa tucana, “Avançar com Responsabilidade”, graças ao grupo de aliados, terá quase três minutos de tempo de rádio e TV, a serem divididos por Marcelo Miglioli (PSDB) e Nelsinho Trad (PTB) – cabe aos partidos e às coligações definirem como partilhar o tempo entre seus candidatos.

Solução igual terá de encontrar a chapa de Odilon de Oliveira (PDT), com a diferença de ter 41 segundos para dividir entre Beto Figueiró (Podemos) e Gilmar da Cruz (PRB),que sucedeu o senador Pedro Chaves (PRB) na disputa – o parco tempo na propaganda eleitoral seria um dos motivos que o levou a abdicar da reeleição.

A situação se repete nas composições para a Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa, onde os agrupamentos ao redor do candidato tucano ao governo. A distribuição das chapas, porém, são feitas mais pensando no quociente partidário a ser atingido para a conquista de uma vaga (cerca de 160 mil votos para o Congresso e 50 mil no Legislativo estadual em 2014) do que no tempo de rádio e TV, que acaba refletindo os entendimentos.

PUBLICIDADE