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Preso em 2011, morre maior contrabandista de cigarro do Brasil

Campo Grande News em 16 de Agosto de 2018

Arquivo/CG News

Alcides Grejianin, quando chegava à sede do Gaeco em Campo Grande, em junho de 2011

Morreu de causas naturais o sul-mato-grossense Alcides Carlos Grejianin, o Polaco, que até 2011 era apontado como o maior contrabandista de cigarro trazido do Paraguai para abastecer o comércio ilegal brasileiro. Bastante doente, ele estava internado em um hospital de Umuarama (PR), onde morreu há dois dias. O corpo foi enterrado ontem em Eldorado.

Polaco foi preso no dia 23 de novembro de 2011, na operação Alvorada Voraz, desencadeada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), Polícia Militar e PRF (Polícia Rodoviária Federal) para repressão ao contrabando de cigarros.

No dia 1º de março de 2012, ele deixou o presídio de segurança máxima Jair Ferreira de Carvalho, em Campo Grande, junto com o filho, também preso por contrabando. O habeas corpus foi concedido pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) após a defesa questionar a prisão decretada por um juiz da auditoria militar. A operação contra o esquema de Polaco em 2011 prendeu também policiais militares envolvidos com o contrabando de cigarro.

De acordo com a denúncia da época, policiais militares recebiam propina para permitir a livre circulação de carregamentos de cigarros enviados por Polaco e que passavam por Porto Murtinho, Bela Vista, Jardim, Sidrolândia e Campo Grande. Seis PMs foram presos e um coronel foi investigado.

Na época, Alcides Carlos Grejianin foi apontado de ser dono de um patrimônio milionário. A justiça federal tinha sequestrado seis fazendas de propriedade do contrabandista, sendo uma avaliada em R$ 20 milhões. Em fevereiro de 2011, a justiça arrecadou R$ 7 milhões com leilão de gado apreendido.

Após a operação, a Justiça Federal rastreou 11 fazendas de Polaco na fronteira com o Paraguai. Uma delas, de 2,5 mil hectares, foi avaliada em R$ 25 milhões. Condenado por contrabando, ele respondia em liberdade, mas perdeu quase todo o patrimônio.

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