Da Redação em 05 de Julho de 2018
A exemplo de outros indicadores econômicos do setor industrial de Mato Grosso do Sul, o IGDI (Índice Geral de Desempenho Industrial) de Mato Grosso do Sul, que foi criado pelo Radar Industrial da Fiems e é calculado com base nas pesquisas de Confiança e Sondagem Industrial, também foi afetado pela paralisação dos caminhoneiros realizada em maio. A greve, que durou 11 dias, prejudicou o processo de produção de várias unidades industriais sul-mato-grossenses no mês e os reflexos começam a ser sentidos agora.
Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, em maio, o IGDI alcançou 48,1 pontos, indicando recuo de 6,5 pontos na comparação com o mês de abril. “Esse movimento ocorreu, principalmente, pela redução da participação das empresas com produção crescente ou estável na passagem de um mês para o outro, saindo de 76,5% em abril para 61,1% em maio”, detalhou.
Ezequiel Resende reforça que, em razão disso, o Índice voltou a um patamar semelhante ao do início do ano. “Também contribuiu para o desempenho a redução do índice de intenção de investimento, que caiu de 61,8 para 53,7 pontos. Do mesmo modo houve queda na participação das empresas que contrataram no mês, saindo de 8,8% em abril para 3,9% em maio”, apontou.
O economista ressalta que tais movimentos reforçam a percepção de mudança de desempenho em relação ao que vinha ocorrendo. “O que pode ter sido agravado pelas manifestações e bloqueios que aconteceram nas estradas e que ainda trazem fortes reflexos sobre o nível da atividade industrial em Mato Grosso do Sul”, analisou.
Adicionalmente, o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems explica que os dados preliminares apontam para mais uma redução dos índices de confiança e intenção de investimento. “Por fim, com todos os dados consolidados, o IGDI ficou abaixo dos 50 pontos, sinalizando que, na média geral, o desempenho para o mês de maio foi negativo, segundo a percepção dos empresários respondentes”, finalizou.
O Índice
O IGDI reflete a percepção do empresário em relação ao desempenho apresentado pela atividade industrial. “Na elaboração, foram selecionadas cinco variáveis - emprego, investimento, produção industrial, utilização da capacidade instalada e confiança – e todas com peso de 20% na composição do Índice”, detalhou Ezequiel Resende.
No caso do emprego na indústria, o IGDI utiliza o percentual de estabelecimentos que aumentaram o número de empregados, enquanto na parte de investimento o Índice leva em consideração a intenção de investimentos para os próximos seis meses. Já da produção é usado o percentual de indústrias com a produção estável ou crescente, da utilização da capacidade instalada se pega o percentual médio e da confiança a base é o ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial).
O IGDI Fiems contou com a avaliação, validação e auxílio técnico do professor-doutor Leandro Sauer, da Escola de Administração e Negócios e do Programa de Pós-Graduação em Administração (Mestrado e Doutorado) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (ESAN/UFMS). “O professor é matemático com atuação na utilização de métodos quantitativos em economia e tem comprovada experiência na elaboração e uso de indicadores sintéticos”, reforçou Ezequiel Resende. Com informações da assessoria de imprensa da Fiems.
No Diário Corumbaense, os comentários feitos são moderados. Observe as seguintes regras antes de expressar sua opinião:
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. O Diário Corumbaense se reserva o direito de, a qualquer tempo, e a seu exclusivo critério, retirar qualquer comentário que possa ser considerado contrário às regras definidas acima.