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Operação prende 75 membros do PCC, 7 são chefes da facção no País

Campo Grande News em 14 de Junho de 2018

A Operação Echelon, que significa "atacar em ondas", deflagrada pela Polícia Civil de São Paulo contra o PCC (Primeiro Comando da Capital) vai prender 75 integrantes da facção em 14 Estados, entre eles Mato Grosso do Sul. Após 12 meses de investigação, foi descoberto como a cúpula do grupo mantinha contato com bandidos em outros Estados, atuando nos tráficos de armas e drogas.

A Polícia de São Paulo foi acionada quando pedaços de manuscritos foram encontrados nos esgotos do Presídio de Segurança Máxima de Presidente Venceslau (SP) por agentes penitenciários. Após a identificação de sete líderes da organização, a equipe policial descobriu a existência da célula “Sintonia de Outros Estados e Países”.

Os trabalhos, então, revelaram até o momento o envolvimento de 103 integrantes, sendo que 75 serão presos nesta quinta-feira (14). Alguns são presidiários e terão os mandados cumpridos nas respectivas cadeias. 

O grupo investigado, segundo a polícia, é responsável por acirrar a disputa de facções no país. A deflagração da operação também tem por finalidade investigar o envolvimento da facção em outros vários homicídio e desaparecimentos de pessoas em todo o País, a partir de um domínio único dos líderes da organização. No primeiro semestre deste ano, pelo menos seis pessoas foram julgadas pelo "tribunal do crime" do PCC e condenadas à morte em Mato Grosso do Sul.

No Estado, são alvos da operação preso da Penitenciária Federal de Campo Grande, do Presídio de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, na PED (Penitenciária Estadual) em Dourados e da cadeia de Naviraí. Também há mandados de busca e apreensão em Coronel Sapucaia e Nova Andradina.

De acordo com reportagem do jornal O Estado de São Paulo, publicada no começo deste mês, o PCC tem faturamento estimado de, no mínimo, R$ 400 milhões por ano. Alguns policiais acreditam que esse número pode chegar a cerca de R$ 800 milhões, o que colocaria a facção entre as 500 maiores empresas do País.