André Navarro em 11 de Junho de 2018
O prefeito Marcelo Iunes (PSDB) voltou a afirmar que a reforma administrativa da Prefeitura de Corumbá sai até o final de junho. “Não deu tempo de publicar a formação da comissão, mas o decreto sai nesta segunda-feira”, afirmou ao Diário Corumbaense, ao dizer que abrirá diálogo com os assentados que pedem que a Secretaria Especial de Agricultura Familiar não seja transformada em superintendência, mas ganhe status de Secretaria Municipal.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Iunes reforçou que estudos irão definir como ficará a pasta da Agricultura Familiar
“Hoje o que está dando certo é a Secretaria de Agricultura Familiar. A Prefeitura não está tendo despesa com a secretaria. O povo está produzindo, está vendendo, comercializando e o sustento da secretaria vem da União”, afirmou Victor Vieira, líder de assentados e presidente da Associação de Moradores do Assentamento Taquaral.
Iunes anunciou a junção de secretarias e fundações e a transformação de algumas pastas em superintendência como forma de ajudar a economizar na reforma administrativa que pretende promover na Prefeitura a partir de julho. Isso tudo por conta da queda de receita que deve ser da ordem de R$ 70 milhões até o final do ano.
Com relação à Agricultura Familiar, o prefeito explicou que é uma secretaria especial vinculada a uma secretaria municipal, ou seja, ela não tem receita e não é ordenadora de despesa, o que fica por conta da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Sustentável. “Tem a despesa de pagar um secretário, um assessor executivo, então ela ficaria como gerência ou superintendência onde vamos economizar recursos para pagar funcionários”, afirmou o prefeito.
Entretanto, ele disse que os estudos da Comissão Auxiliar de Administração é que vão determinar o que realmente poderá acontecer. “Hoje, ou ela se transforma numa secretaria municipal, que é o nosso primeiro pensamento, mas com essa queda de receita fica mais difícil, aí ficaria como superintendência ou gerência”, disse o prefeito que também terá que reduzir a folha de funcionários para se adequar à lei de responsabilidade fiscal. A meta é que os gastos com pagamento do funcionalismo não ultrapasse os 51,3%.
Marcelo disse que agora o que importa para ele é fazer uma boa administração para não extrapolar os gastos e implementar obras e prestação de serviços para a comunidade. Entretanto, o prefeito garantiu que o diálogo será aberto. "Já falei com eles (os assentados) e disse que vamos conversar, até para explicar que nós não estamos tirando, destruindo a categoria da agricultura familiar, pelo contrário, nós queremos colocá-la em um lugar que de repente venha até mais recursos para ela. Tem muitos recursos federais que se tiver uma secretaria municipal é muito mais fácil de trabalhar”, concluiu.
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