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Após protesto, fronteira de Corumbá com a Bolívia está aberta

Lívia Gaertner em 22 de Fevereiro de 2018

A fronteira entre Brasil e Bolívia, pelas cidades de Corumbá (BR) e Puerto Quijarro (BO) está aberta para passagem de veículos nesta quinta-feira (22). Ontem (21), houve bloqueio, o terceiro deste ano nesta fronteira, devido a um movimento que promove protestos populares em todo o país vizinho contra a permanência do presidente Evo Morales no poder.

Chamado de 21-F, em referência ao dia 21 de fevereiro de 2016, data quando houve uma consulta pública sobre a possiblidade de candidatura para o terceiro mandato seguido de Evo desde a aplicação do atual texto da Constituição do Estado Plurinacional da Bolívia, o movimento provocou o fechamento de parte do comércio e setores institucionais. 

Em fevereiro de 2016, a população boliviana rejeitou a possibilidade de reeleição indefinida durante um plebiscito. Na ocasião, 51% dos que participaram da consulta popular rejeitaram alterar a Constituição boliviana, que estabelece limite de dois mandatos consecutivos para presidente, vice-presidente, governador e prefeito, entretanto, em novembro de 2017, a Justiça da Bolívia decidiu acabar com o número mínimo de mandatos consecutivos no país, favorecendo mais um mandato do presidente Evo Morales, levando em consideração o ocorrido antes da promulgação da nova Constituição. A nova eleição para o posto de presidente da Bolívia deve ocorrer em 2019.

Novas paralisações podem ocorrer. “Tudo vai depender da maneira como o Governo vai tratar da situação que tomou conta de toda a Bolívia. O que queremos é simples, que se ouça a voz do povo, que não quer a mudança na Constituição para a perpetuação de um líder que há muito tempo já está no poder. Esse paro tem único propósito de lutar contra uma ditadura”, explicou ao Diário Corumbaense o presidente do Comitê Cívico de Arroyo Concepcíon (distrito fronteiriço de Puerto Quijarro), Antonio Chávez Mercado.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Antonio Mercado (camiseta branca), presidente do Comitê Cívico de Arroyo Concepción não descarta novos bloqueios futuramente

 

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