Lívia Gaertner em 21 de Fevereiro de 2018
Anderson Gallo/Arquivo Diário Corumbaense
Banho de São João em Corumbá pode se tornar o primeiro bem exclusivamente registrado em território sul-mato-grossense.
Com recursos próprios, o órgão contratou a UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul), cujos pesquisadores serão dirigidos pela Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura), contando com alunos-bolsistas da UFMS em seus campi da Capital e do Pantanal (Corumbá), a fim de aprofundar as pesquisas, buscando identificar e conhecer as referências culturais existentes no Banho de São João, compreender o significado da festa para quem a celebra e como ela desempenha papel central na formação da identidade cultural local.
Desde 2013, quando do requerimento solicitado ao Iphan em Mato Grosso do Sul pela Prefeitura de Corumbá, via Fundação de Cultura, representando expressivo grupo de detentores do Bem (Banho de São João de Corumbá e Ladário), passou-se ao minucioso processo de instrução de registro que gerou inúmeras reuniões com os festeiros e demais personagens relevantes na realização da festa como os músicos cururueiros, os dançarinos das quadrilhas, artistas e demais representantes, além de um amplo registro fotográfico e fílmico já compilado, com diversas participações in loco nos festejos dos últimos anos.
Os produtos resultantes da contratação da UFMS serão enviados à Brasília para análise e parecer técnico do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural Brasileiro. Caso seja aceito, o Bem “Banho de São João de Corumbá e Ladário/MS” será registrado no Livro das Celebrações como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, tornando-se o primeiro bem exclusivamente registrado em território sul-mato-grossense.
Desde 2005, Corumbá e Ladário, estendendo o título a Mato Grosso do Sul, possuem o “Modo de Fazer Viola de Cocho” como Bem Cultural Imaterial Brasileiro, entretanto esse título é dividido com o Estado de Mato Grosso onde essa manifestação também ocorre. Atualmente, esse registro está em fase de revalidação pelo próprio Iphan, procedimento de praxe realizado ciclicamente para a manutenção ou não do bem imaterial.
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