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Bloco dos Palhaços está com fantasias para aluguel no ILA

Lívia Gaertner em 05 de Fevereiro de 2018

O mais numeroso e colorido bloco do Carnaval Cultural de Corumbá já está se preparando para o desfile na terça-feira, 13 de fevereiro. O Bloco dos Palhaços está com as fantasias disponíveis para aluguel na Casa de Cultura Luiz de Albuquerque (ILA), onde os interessados têm a disposição um grande acervo de trajes.

Para participar do bloco neste carnaval, o folião pode escolher quatro maneiras: a  primeira inclui fantasia, maquiagem, bebidas e acesso à concentração por valor que oscila entre 60 a 80 reais, conforme modelo de fantasia; a segunda, inclui maquiagem, bebida e acesso para quem já tem fantasia, ao valor de R$ 40; a terceira, por 20 reais, é para quem já tem fantasia e maquiagem e virá apenas somar na concentração sem acesso às bebidas; a quarta, a mais cara, 130 reais, é para o folião que quer estar presente no bloco cultural e também integrar o desfile da escola de samba Unidos da Major Gama, que trará uma ala sobre o Bloco dos Palhaços.

O horário de atendimento é das 15 às 20 horas, no segundo piso do prédio localizado na Praça da República, 119. Informações pelo telefone (67) 9-9271-6628.

Arquivo Diário Corumbaense

Foliões pintam o rosto, usam perucas, narizes vermelhos e vestem trajes dos mais variados modelos que dão vida a Arlequins, Pierrôs, Colombina e Palhaços

Surgimento

O bloco que, hoje, já é tradição do carnaval corumbaense começou tímido. Podemos dizer, literalmente, que era o bloco de um homem, ou melhor, de um palhaço só. O pesquisador e ator Guilherme Mourão era aquele palhaço solitário que sempre vinha atrás dos desfiles de escolas e blocos da cidade, animando as famílias de foliões, sobretudo as crianças.

“Cheguei em Corumbá em 1985, mas meu primeiro carnaval foi no ano seguinte. Na época, achei muito legal esse negócio do carnaval de rua, onde as famílias corumbaenses assistiam os desfiles e levavam as crianças. Aí surgiu a ideia. Peguei uma camisa amarela, uma bermuda e quando vi estava de palhaço andando atrás das batucadas de cada bloco, escolas e brincando com as crianças. Elas riam muito, achavam muito engraçado. No outro ano, alguns colegas e amigos começaram a gostar da ideia e por anos ficou assim, com poucas pessoas, até que em 2006, vinte anos depois, a Fundação de Cultura nos apoiou, porque já era tradição daquele grupinho e reconheceu a repercussão do bloco”, relatou.

Guilherme detalha o que faz do Bloco dos Palhaços um momento especial e singular do carnaval cultural. ”Acho que a grande recompensa, grande motivação para sair de palhaço, é a recepção do público, mexer com o imaginário das pessoas. Você vai lá e brinca, e é impressionante principalmente com as crianças, que de longe estabelece o contato visual. Isso apaixona as pessoas e por isso o bloco passou a ter tanta procura, porque é brincar o carnaval na essência do que é brincar”, falou.

E pra acompanhar toda essa brincadeira, Mourão criou uma marcha inédita para os palhaços que colorem a avenida General Rondon todos os anos.

Marcha dos palhaços ou Chuta que é macumba!

Compositores: Guilherme Mourão & Grupo Trovão Azul

Aqui bate forte

o coração da cidade,

aqui queima

aqui arde,

vou ficar até tarde,

conquistar a menina

e morrer de paixão!

 

Mas se a tristeza

ameaçar com a quarta-feira:

Chuta que é macumba!

Desvia que é buraco!

Sopra que é farofa!

É curva de rio

 

No murmurinho desta festa

eu me desfaço,

Eu sou o palhaço!

 

Mas se a tristeza

ameaçar com a quarta-feira:

Chuta que é macumba!

Desvia que é buraco!

Sopra que é farofa!

É curva de rio

 

e sigo em frente,

que pra trás é caranguejo

eu quero mais,

quero o teu beijo,

no carnaval em Corumbá!

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