Dados são de programa de monitoramento
Da Redação em 29 de Agosto de 2014
Em apenas sete dias, 24 animais silvestres foram atropelados na BR-262, entre os municípios de Anastácio e Corumbá, trecho de pouco mais de 280 km. Os dados foram levantados pelo Programa de Monitoramento de Atropelamento de Fauna realizado pela Universidade Federal do Paraná, por meio do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (UFPR/ITTI), e que faz parte da Gestão Ambiental da rodovia.
A equipe percorre o trecho catalogando, recolhendo dados e retirando os animais da pista uma vez por semana com o objetivo de mapear as áreas com maior incidência de acidentes e propor soluções para a redução do número de atropelamentos. Entre as espécies registradas estão tamanduás-bandeira, tamanduás-mirim, tatus e capivaras.
Nas duas últimas semanas, a quantidade de atropelamentos se manteve. Entre os dias 13 e 19 de agosto foram registrados 22 animais mortos na BR-262, enquanto na semana seguinte foram 24 atropelamentos.
Divulgação
Equipe percorre rodovia catalogando dados e retirando os animais da pista
A continuidade do monitoramento visa avaliar se os controladores eletrônicos de velocidade instalados ao longo da rodovia, em pontos críticos de atropelamentos, têm reduzido o número de colisões com animais silvestres.
O ITTI realiza o monitoramento desde 2011. No primeiro ano, o programa catalogou 610 animais atropelados entre os dois municípios. Cerca de 70% deles eram mamíferos, 23% répteis e 7% aves.
Em 2012, o Instituto realizou uma pesquisa de opinião com 101 motoristas na BR-262/MS, no Km 659, localidade conhecida como Buraco das Piranhas. Os resultados confirmam a alta incidência de atropelamentos, quando a grande maioria dos motoristas (98,01%) reconheceu que o atropelamento de fauna é um dos principais problemas da rodovia.
Baseada nesses dados, a UFPR/ITTI fez a Proposta de Dispositivos de Proteção à Fauna, que inclui em seu programa a implantação de radares nos trechos onde ocorrem mais atropelamentos, além da colocação de telas e do corte da vegetação mais densa que prejudica a visibilidade do motorista. Até o momento 20 radares já foram instalados. As informações são da assessoria de imprensa da UFPR/ITTI.
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