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Policiais civis de Corumbá reforçam greve da categoria

Marcelo Fernandes em 17 de Maio de 2013

Policiais civis de Corumbá e Ladário aderiram à greve geral da categoria deflagrada nesta sexta-feira, 17 de maio, em todo o Estado. Nas duas cidades, os serviços são mantidos com emprego de 30% do efetivo policial.

Fotos: Anderson Gallo/Diário Online

Serviços são mantidos com emprego de 30% do efetivo policial

A mobilização busca reajuste salarial de 25% - o índice elevaria o salário dos atuais R$ 2.361 para R$ R$ 3,4 mil, até 2014 - e melhorar a qualidade da infraestrutura para o serviço e reduzir o déficit no efetivo. Mato Grosso do Sul tem cerca 1,3 mil policiais civis e a legislação prevê mínimo de 2,4 mil.

Numa cartilha com orientações sobre a greve, o Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol/MS) define os procedimentos que o policial deve seguir durante a paralisação. Inicialmente, atendimento a casos de gravidade; flagrante e urgência são realizados. Registros de boletins de ocorrências de furtos simples; extravios e desaparecimentos podem ser feitos diretamente no site da Polícia Civil.

Reprodução

Orientações integram cartilha elaborada pelo Sinpol

Nota do Sinpol/MS, publicada no site do Sindicato, destaca que a “Polícia Civil do MS é considerada uma das mais eficientes do país, sendo a que possui os melhores índices em resolução de casos de homicídios, segundo o Ministério da Justiça. Em sentido oposto, recebe um dos menores salários do país, o terceiro pior, ocupando o 25º lugar no ranking nacional e ficando à frente apenas dos estados do Acre e da Paraíba”.

Nela, a diretoria do Sinpol esclarece que “não resta outra saída se não a paralisação no atendimento nas delegacias, na busca por um salário digno e por melhores condições de trabalho”, uma vez que o Governo Estadual não “cumpriu o acordo firmado com a categoria em 2010, quando se comprometeu em diminuir a diferença entre o salário dos delegados e investigadores/escrivães, em no mínimo um ponto percentual, o que representa 4% a mais do que o índice oferecido”.

O Governo do Estado inicialmente propôs reajuste de 5%, chegou a 7% e houve promoção dos policias da Classe dos Substitutos neste ano, o que faria o valor chegar a 28% (de R$ 2.361,21 para R$ 3.031,80), além de reajuste de 8% em 2014 e 12% em 2015. O governador André Puccinelli afirma que, caso a proposta não seja aceita, o reajuste, já aprovado pela Assembleia Legislativa, é de apenas 5%. De acordo com o Executivo Estadual, as negociações salariais com todas as categorias estão abertas até a segunda-feira, 20 de maio. 

Os policiais civis que aderiram à greve podem ter os dias parados descontados do trabalho. Eles também não vão poder usar faixas para sinalizar a paralisação nas unidades policiais. As determinações foram publicadas pelo delegado geral da Polícia Civil do Estado, Jorge Razanauskas Neto, para que os chefes de departamentos e unidades façam-se cumprir.

Policiais civis que aderiram à greve podem ter os dias parados descontados, diz portaria da DGPC

De acordo com a publicação, foi considerado que o serviço policial é de natureza essencial e inadiável e por isso a greve é tida como ilegal. Razanauskas diz que os chefes devem avisar aos policiais grevistas que o Supremo Tribunal Federal (STF) já declarou em outras situações a ilegalidade da greve policial. Com informações do Campo Grande News.

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