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Frio e umidade alta ajudam no controle do fogo; monitoramento continua para evitar reignições no Pantanal

Leonardo Cabral com Portal de Notícias MS em 11 de Julho de 2024

Divulgação/Governo do Estado

Tenente-coronel Tatiane Inoue, explicou a situação atual no Pantanal

A Operação Pantanal, iniciada há 101 dias em Mato Grosso do Sul, continua com as equipes de combate ao fogo e prevenção, mobilizadas. Em live, realizada nesta quinta-feira (11), a tenente-coronel, Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar, disse que há apenas um foco de calor, localizado próximo à base da Serra do Amolar, que está sob controle.

Não há combate direto a incêndios florestais nesta manhã no Pantanal sul-mato-grossense, mas a tenente-coronel esclareceu que são realizados monitoramento e rescaldo. Também frisou a massa de ar frio que está na região e ajudou no trabalho de bombeiros, brigadistas e militares da Força Nacional.

A preocupação agora é com a queima lenta dentro das áreas atingidas em troncos de árvores, por exemplo. É preciso fazer o rescaldo para evitar a reignição. "Apesar de uma massa de ar frio ter chegado esta semana favorecendo as condições de combate, diminuindo a temperatura e aumentando a umidade relativa do ar, as nossas equipes combateram os incêndios até a extinção, mas a tendência é que nos próximos dias as temperaturas voltem a se elevar, a umidade relativa do ar diminua e podemos ter mais uma vez uma sequência de incêndios no bioma", alertou a tenente-coronel. 

Reforçando o alerta, Valesca Fernandes, coordenadora do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), que também participou da live que acontece às quintas-feiras, frisou que as temperaturas voltarão a ficar elevadas no Estado, principalmente no Pantanal. 

“Desta quinta até sábado, o Estado volta a ter tempo firme com sol. Apenas a região de Porto Murtinho deve registrar chuva devido ao avanço de uma nova frente fria. Para a próxima semana, as temperaturas no período de 16 a 20 de julho, começam gradativamente a atingir máxima de 34°C e a umidade do ar cai, variando entre 10% a 30%”, informou Valesca ao destacar que as condições voltam ser favoráveis aos incêndios. "Não há previsão de chuva para os próximos dias na região do Pantanal e o calor habitual nessa região deve prevalecer”, completou.

Reprodução

Equipes estão monitorando e fazendo o rescaldo em áreas já atingidas pelo fogo

Todas as regiões do Pantanal seguem em constante monitoramento com uso de drones e pela Sala de Situação em Campo Grande.

Área queimada

Desde o começo do ano até 09 de julho, 594 mil hectares foram queimados no Pantanal sul-mato-grossense, o que corresponde a 6% do total de 9 milhões de hectares da região pantaneira no Estado. O aumento chega a 159% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram queimados 229,4 mil hectares - considerada até então, a pior temporada de incêndios. Os números são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Os focos de calor detectados via satélite chegam a 3.098 de janeiro até 09 de julho, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais). Aumento de 46,8% em relação ao mesmo período de 2020, quando houve 2.111 registros.

Estrutura

Já são 101 dias de Operação Pantanal 2024, período que já contou com a atuação de 516 bombeiros militares de Mato Grosso do Sul. O mobilização de pessoal tem o apoio do Ibama, ICMbio, Prevfogo, Força Nacional e Forças Armadas. Mais de 400 integrantes que se revezam no combate de acordo com o planejamento das ações.

Ao todo 11 aeronaves são usadas no combate ao fogo, incluindo Air Tractors, helicópteros e o cargueiro KC-390 dos Governos Estadual e Federal. A estrutura ainda conta com 39 veículos, entre caminhonetes, caminhões e lanchas. Lembrando que a estrutura é usada de acordo com a demanda diária.

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