Campo Grande News em 03 de Dezembro de 2017
Onze dias depois de ser preso novamente pela Polícia Federal, Breno Fernando Solon Borges, de 37 anos, filho da presidente do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Mato Grosso do Sul, voltou ao noticiário. Agora, por ter sido flagrado com um celular na cela em que estava no Presídio de Três Lagoas, município a 338 quilômetros de Campo Grande. O telefone foi encontrado no sábado à tarde com Breno, que responde a processo por tráfico de drogas, tráfico de armas e associação criminosa.
O diretor-presidente da Agepen, Aude de Oliveira Chaves, informou que, diante do fato, Breno foi colocado numa cela disciplinar e um processo administrativo foi aberto. Esse processo pode resultar em penalidade que vai dificultar a progressão de regime de Breno, que ainda é um detento provisório, ou seja, sem condenação. Uma das consequências é não poder trabalhar enquanto cumpre pena e também ter dificuldade de ser beneficiado com redução de pena, por exemplo.
Breno está preso novamente desde o dia 22 de novembro. O mandado foi cumprido pela Polícia Federal na clínica médica de alto padrão em que ele estava internado no município de Atibaia (SP).
A prisão foi determinada pela 2ª Vara Criminal em Três Lagoas, em continuidade às investigações da Operação Cerberus, feita em parceria por equipes da Polícia Federal e do MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul). O mandado foi reativado depois de laudos psiquiátricos que atestaram que Breno tem capacidade de responder pelos seus atos.
Breno estava na clínica Maxwell, em Atibaia, desde o dia 25 de julho, quando foi internado após ser diagnosticado Síndrome de Borderline.
As suspeitas sobre Breno
A Operação Cerberus, deflagrada no dia 13 de junho, desarticulou uma organização criminosa especializada no contrabando de armas. O grupo também, planejava o resgate do interno Tiago Vinícius Vieira da Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande. Segundo as investigações da PF, Breno era o mentor dessa associação e responsável pela tomada das principais decisões.
No dia 08 de abril desde ano, Breno e a namorada, a estudante Isabela Lima Vilalva, 19 anos, foram presos em flagrante em Água Clara, distante 198 quilômetros da Capital, com mais de 129 quilos de maconha, 199 munições calibre 7,62 e 71 munições calibre 9 mm, todas de uso restrito no Brasil.
No dia 14 de julho, um novo mandado de prisão preventiva foi expedido pela justiça de Três Lagoas em nome de Breno, também por envolvimento com a quadrilha. A PF (Polícia Federal) chegou ao nome do empresário como participante da organização após a análise de celulares apreendidos.
O caso dele ganhou dimensão nacional em razão da investigação de que a mãe, que é desembargadora, teria usado o cargo para beneficiar o filho. O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) tem investigação sigilosa sobre o assunto.
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