Campo Grande News em 30 de Novembro de 2017
O próprio deputado diz que ouviu boatos de que estariam pedindo “a cabeça” dele, mas diz que não foi comunicado de nada. Segundo Takimoto, o presidente do PDT nacional, Carlos Lupi, havia orientado todos os parlamentares da legenda que votassem contra as reformas, trabalhista e da Previdência, quando foram propostas nacionalmente.
Ele contou ainda que o presidente regional telefonou para ele dias atrás pedindo que o deputado estadual seguisse a orientação nacional em relação ao projeto do governo. Takimoto afirma que, entretanto, decidiu votar com a própria consciência. “A reforma era necessária. Eu como deputado mais velho da Assembleia e médico, entendo que o idoso no país passa por um momento difícil, sem saúde e sem dinheiro. Imagine se ficar sem aposentadoria?”, afirmou sobre achar que por conta do rombo na Previdência estadual, que fecha com deficit de quase R$ 1 bilhão por ano, segundo o governo.
O deputado estadual disse ainda que se for expulso, deixará o PDT com a consciência tranquila. “Saio do mesmo jeito que entrei, pela porta da frente”. O parlamenta revelou que antes da votação, na terça-feira (28), já havia recebido convites de vários partidos, dentre eles o PR, PMDB, PHS, DEM E PSD.
Dagoberto disse que a situação da Takimoto será discutida nesta sexta-feira (30), durante reunião da executiva do partido.
Votação
Em meio a protestos, que foram desde os gritos de “vergonha” à invasão da sede do Legislativo estadual, e em sessão “relâmpago”, deputados aprovaram o projeto do Governo do Estado por 13 votos a favor e sete contra.
A bancada do PT – Pedro Kemp (PT), Cabo Almi (PT), João Grandão (PT) e Amarildo Cruz (PT) – foi unânime em votar contra a reforma, além de Coronel David (PSC), Paulo Siufi (PMDB) e Lídio Lopes (PEN).
A bancada do PSDB votou a favor, com exceção deputado Felipe Orro que estava ausente. Também foram a favor Antonieta Amorim (PMDB), Eduardo Rocha (PMDB), Márcio Fernandes (PMDB), Renato Câmara (PMDB), Herculano Borges (SD), Paulo Corrêa (PR), George Takimoto (PDT) e Zé Teixeira (DEM).
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