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Reinaldo diz que protesto é "politicagem" para manter privilégios

Campo Grande News em 23 de Novembro de 2017

Politicagem. Assim o governador Reinaldo Azambuja definiu a mobilização de sindicalistas na manhã desta quinta-feira (22) na Assembleia Legislativa, contra a votação em definitivo do projeto que altera as regras da previdência em Mato Grosso do Sul. Durante agenda no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, Azambuja disse que houve diálogo com os servidores, mas “alguns não querem entender” e sim manter privilégios. 

Marcos Ermínio/CG News

O governador Reinaldo Azambuja durante agenda no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo

Também alertou que, sem reforma, o governo não consegue pagar o décimo terceiro de 27 mil aposentados e pensionistas. O governador afirmou que o projeto, enviado no dia 31 de outubro à Assembleia, já foi aprovado em primeira votação, na quarta-feira, e terá de passar pela segunda, obrigatoriamente. “Se não for hoje, vai ser amanhã”, pontuou.

Ainda de acordo com ele, quanto mais houver demora, mais vai aumentar o prejuízo. O cálculo do Executivo é que a previdência dos servidores hoje tem um déficit superior a R$ 80 milhões por mês. Ao defender a necessidade de votação do projeto logo, Azambuja afirmou que o custo com os aposentados hoje é o que mais pesa no orçamento. Segundo ele, o valor chega a R$ 1 bilhão anuais. Se nada for feito, alega, esse valor dobrará em 5 anos.

“É uma questão técnica, não política”, declarou. Depois, completou que o projeto aprovado não revoga direitos. “O problema é que tem gente que quer conviver com privilégios e penalizar a sociedade”, afirmou.

O governador comentou, ainda, que se o governo não tomar atitude, a situação pode chegar ao ponto de estados como o Rio de Janeiro, que não consegue pagar salários dentro do mês. “Se essas pessoas estivessem na fila para receber o salário, como ocorre em outros estados, elas não estariam na Assembleia”, observou.

Campo Grande News

Caminhos do Batalhão de Choque no entorno da Governadoria

Em razão dos protestos dos servidores, o Parque dos Poderes está com a segurança reforçada. Perto da Governadoria, equipes do Batalhão de Choque estão com dois caminhões e ainda três viaturas. Na Assembleia, sindicalistas invadiram o plenário e a votação foi suspensa.

A reforma

O texto do governo que ainda seria pautado para 2ª votação nesta quinta-feira (23) sofreu duas grandes alterações. A principal delas “parcela” o aumento do percentual de desconto salarial para a contribuição previdenciária obrigatória. Por mês, servidores ativos terão descontados 14% dos salários só a partir de maio de 2020, mas a partir de maio de 2018, o desconto, que era de 11%, já subirá para 12% e para 13% a partir de maio de 2019.

O percentual de desconto patronal – contrapartida de recolhimento tirada dos cofres estaduais, no caso – sobe de 22% para 24% em maio de 2018 e chega em 25% em maio de 2019.

 

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