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Secretaria de Educação diz que vai reforçar atividades de combate ao bullying

Lívia Gaertner em 09 de Novembro de 2017

Desmaio, vômitos, dores de cabeça e crises de choro. Foi nesse estado que uma equipe do Corpo de Bombeiros socorreu uma menina, de 11 anos de idade, após uma brincadeira de mau gosto realizada por colegas na manhã da última quarta-feira, 08 de novembro. O caso aconteceu no bairro Universitário, nas dependências da escola estadual Carlos de Castro Brasil, unidade de ensino que foi procurada pelo Diário Corumbaense.

A menina, que chegou a desmaiar, contou aos militares que passou mal após os colegas jogarem um inseto sobre ela. A estudante afirmou estar sofrendo bullying de colegas de sala e precisou ser estabilizada antes de seguir para o Pronto-Socorro Municipal.

Em contato com a direção da escola, a reportagem foi orientada a buscar informações junto à SED - Secretaria Estadual de Educação que, através de sua assessoria de comunicação, relatou que o episódio surgiu entre uma brincadeira de mau gosto praticada por alguns estudantes envolvendo, inclusive, a menina vitimada.

Ainda, segundo a assessoria da SED, a escola prestou socorro imediato à estudante. Todos os envolvidos no caso e seus respectivos familiares foram chamados ao estabelecimento de ensino para uma conversa de forma a evitar que episódio semelhante volte a ocorrer.

A Secretaria informou ainda que a escola desenvolve ações de incentivo a uma cultura de paz no ambiente escolar. Dentro desse cronograma, estão atividades, entre elas, palestras sobre temas diversos como combate ao bullying e ao consumo de drogas, valorização à vida e a importância da família na escola.

Segundo a assessoria de comunicação, essas atividades devem ser reforçadas junto aos alunos com a presença de parceiros, envolvendo profissionais como psicólogos, advogados e juízes.

Bullying

Segundo o Ministério da Educação, um em cada dez estudantes brasileiros sofrem bullying no Brasil. O termo em língua inglesa pode ser traduzido livremente como “intimidação” e refere-se ao comportamento agressivo e antissocial de estudantes, sem motivação evidente, em uma relação desigual de forças.

A Lei nº 13.185, em vigor desde 2016, classifica o bullying como intimidação sistemática, quando há violência física ou psicológica em atos de humilhação ou discriminação. A classificação também inclui ataques físicos, insultos, ameaças, comentários e apelidos pejorativos, entre outros. O bullying se diferencia das brigas comuns – as que chegam às vias de fato ou as que ficam apenas na discussão. O problema é quando se torna algo rotineiro, em que um jovem ou grupo começa a perseguir um ou mais colegas.

Este ano, pela primeira vez, o Brasil promoveu em 07 de abril, o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola. A data foi instituída pela lei de nº 13.277, de 29 de abril de 2016, para marcar o aniversário da tragédia do Realengo, quando Wellington Menezes de Oliveira, ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, naquele bairro do Rio de Janeiro, invadiu uma sala de aula e atirou contra as crianças, matando 11 delas, em 2011. O assassino, de 24 anos, se suicidou em seguida. Relatos de parentes e mensagens deixadas pelo atirador dão conta de que ele sofreu assédios violentos quando aluno da instituição, o que teria motivado o crime, e especialistas avaliaram que sofria de distúrbios mentais graves.