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Defesa de Guerrero volta ao Rio otimista e descarta uso de cocaína

Globoesporte.com em 07 de Novembro de 2017

A defesa do atacante Paolo Guerrero voltou ao Rio de Janeiro no início da manhã desta terça-feira com discurso otimista depois de dois dias de reuniões com a Federação Peruana de Futebol, em Lima.

Representada no Peru pelo advogado Pedro Fida e pelo bioquímico Luiz Carlos Cameron, a defesa alega que o uso de cocaína foi descartado. Segundo eles, o metabólito benzoilecgonina - presente na cocaína - e encontrado na urina do centroavante do Flamengo é proveniente da folha de coca utilizada para chá consumido em diversos países da América do Sul.

Mas de onde vem essa certeza? Ainda segundo a defesa, o bioquímico Cameron recebeu o exame de urina da Federação Peruana de Futebol, o analisou e constatou que as outras substâncias encontradas - que não são consideradas doping - vinculam-se ao chá e não à droga.

Especialistas consultados pelo GloboEsporte.com, que preferiram não se identificar por questão ética, porém, entendem que não é simples diferenciar a presença de substâncias de cocaína ou de chá de coca na urina, principalmente por causa dos níveis que precisam ser consumidos para que o resultado seja positivo.

Agora, o que será investigado pela defesa é se houve contaminação em algum chá que Guerrero tenha tomado durante as Eliminatórias. O peruano alega que não tomou a bebida de coca, mas consumiu outros tipos de chá em sua viagem à Argentina - partida em que houve o resultado analítico adverso.

Ressalte-se que o chá de coca é considerado doping. A defesa, no entanto, quer comprovar que o consumo foi involuntário e pedir apenas a advertência do atacante. Nos casos de doping por estimulante, a pena prevista é de quatro anos.

O advogado Pedro Fida e o bioquímico Luiz Carlos Cameron desembarcaram no Aeroporto Internacional do Galeão por volta de 5h30 desta terça, mas sem Guerrero. O atacante permaneceu em Lima, no Peru.