Possibilidade do horário de verão deixar de ser adotado divide opiniões em Corumbá

Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Por volta das 08h30 desta segunda-feira, na rua Frei Mariano, principal centro comercial de Corumbá, muitas lojas ainda não tinham sido abertas

Nem toda despedida deixa saudade. O ano de 2017 pode ser o último a adotar o horário de verão, que começou à 0h de domingo (15) com os relógios sendo adiantados em uma hora. Isso porque a medida como forma de redução de consumo de energia, a partir de 2018 deve ser analisada depois que estudo do Ministério de Minas e Energia indicou que o programa vem perdendo efetividade. Este ano, o horário de verão vale para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Nos estados do Norte e do Nordeste não houve mudança nos relógios.

Nas ruas de Corumbá, a possibilidade é vista com bons olhos por muitos. A vendedora Karini Bianca Fernandes da Cunha se animou com a ideia de o horário deixar de existir. "Eu não gosto muito desse horário. Acordei atrasada e o horário mexe com a gente. Venho de ônibus e é mais difícil ainda. Acho excelente essa ideia de não ter mais o horário de verão, é melhor pra gente que trabalha e acorda cedo”, afirmou a vendedora ao Diário Corumbaense.

O comerciante Murad Abdel é um dos que simpatizam com o horário

Por outro lado, existem os simpatizantes, entre eles os comerciantes, principalmente por causa do tempo extra que sobra para as compras. O empresário Murad Abdel Hafiz Ahmned explicou que durante o horário de verão a presença de luz natural no horário de saída dos funcionários gera um movimento extra no final do dia na área central. “Para o comércio eu creio que é melhor porque as pessoas acabam saindo do trabalho com o dia ainda claro e sobra um tempo maior para fazer as compras. Pra gente acaba sendo melhor, aproveitando um pouco mais e consequentemente gerando uma opção para os consumidores”, afirmou o comerciante.

Por volta das 08h30 desta segunda-feira, na rua Frei Mariano, principal centro comercial de Corumbá, muitas lojas ainda não tinham sido abertas e alguns funcionários aguardavam nas calçadas. Em outros estabelecimentos, os preparativos para o início do atendimento aos clientes já era realizado com a limpeza das lojas.

A atendente Suellen Toloni diz que aproveita para passar mais tempo com o filho

Mas não é só entre os comerciantes que o horário de verão agrada. A atendente Suellen Toloni diz que aproveita para passar mais tempo com o filho. Ela afirma que nos primeiros dias é mais difícil, mas que após a primeira semana já se acostuma e não vê problemas. “Eu gosto do horário de verão, porém para acordar é ruim. Gosto na hora de sair do trabalho porque sobra um tempo maior para fazer outras coisas, cuidar do filho, passar mais tempo com ele de uma certa forma. Demoro aproximadamente uma semana para acostumar e depois não tem problema”, concluiu Suellen.

O horário de verão vai valer até o dia 18 de fevereiro de 2018.