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Corumbá registra garoa fina após 40 dias, mas focos de queimadas persistem na região

Lívia Gaertner em 28 de Setembro de 2017

Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Garoa caiu no começo da manhã em Corumbá após 40 dias

Após 40 dias sem registrar chuva na cidade, uma garoa fina caiu em Corumbá na manhã desta quinta-feira, 28 de setembro. Mas até que  foi suficiente para trazer umidade ao solo e deixar o ar com a sensação de frescor nas primeiras horas da manhã, fazendo o corumbaense reviver essa sensação que há muito não sentia devido ao tempo seco associado à baixa umidade na região.

Segundo dados do INMET – Instituto Nacional de Meteorologia, o município pantaneiro teve a última chuva no dia 18 de agosto quando registrou 1,4 milímetro. O volume mais considerável foi registrado no dia 16 do mesmo mês, quando choveu 6,8 milímetros. Com relação à umidade relativa do ar, setembro bateu recordes de mínima porcentagem.  Na véspera do aniversário da cidade, 20 de setembro, houve o período mais crítico, oscilando entre 69% no início do dia até alcançar a mínima de 25% durante a tarde. A Organização Mundial de Saúde (OMS), esclarece que o índice mínimo recomendado é 60%.

A previsão da meteorologia para esta quinta-feira, 28 de setembro, é de 23°C de temperatura mínima, enquanto a máxima não deve ultrapassar 32°C. O céu permanecerá encoberto, assim como amanheceu, durante todo o dia, com possibilidades de pancadas de chuvas à tarde e à noite.

Para a sexta-feira, 29 de setembro, o céu deve permanecer nublado e com a presença de chuvas com intensidades variadas. As temperaturas caem um pouco, passando de 22°C para mínima e 28°C para a máxima.

Para o final de semana, a previsão continua apontando tempo encoberto para o sábado, dia 30, com a temperatura mínima de 21°C e a máxima de 24°C, porém sem a presença e chuva. O sol volta a aparecer ainda que com a presença de muitas nuvens apenas no domingo, já no primeiro dia do mês de outubro, quando a previsão é de 16°C como temperatura mínima e 27°C como máxima.

Há previsão de chuva para hoje e amanhã

Segue o alerta

Apesar de voltar à região, a chuva ainda não foi suficiente para amenizar o conjunto de fatores climáticos que propiciam as queimadas, sejam em áreas urbanas ou em vegetações nativas. Nas últimas 48 horas, segundo monitoramento via satélite do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Corumbá lidera o ranking nacional com 129 focos de queimadas. Logo atrás, aparece Grajaú, no Maranhão, com 77 focos e do estado vizinho, Mato Grosso, a cidade de Barão do Melgaço, com outros 64 registros.

Ao contabilizar o levantamento mensal, Corumbá está na quinta colocação, com 1.766 focos. O campeão, com 5.757 focos, é o município de São Félix do Xingú, no Pará, seguido de outra cidade paraense, Altamira, com 2.904 focos.

Quando a avaliação é referente a todo o ano de 2017, Corumbá sobe uma posição no ranking e ocupa o quarto lugar, com 3.647 focos, porém São Félix do Xingú continua em primeira colocação, somando 9.580 registros.

A prática, considerada crime devido à série de problemas que causa tanto à saúde das pessoas como ao meio ambiente, infelizmente ainda persiste como um hábito cultural para muitos cidadãos. O fogo ainda é visto por muitos como uma forma de limpeza e o hábito que parece inofensivo ajuda a acumular fumaça, deixando o ambiente ainda mais seco, o que acarreta problemas de saúde, principalmente os de ordem respiratória.

Porém os problemas não param por aí, nas rodovias, a fumaça dificulta a visão dos motoristas, podendo causar graves acidentes. Nesses casos, a Polícia Rodoviária Federal solicita que as queimadas de grande proporção às margens das estradas sejam comunicadas pelo telefone de emergência 191, da PRF, ou no telefone 193, do Corpo de Bombeiros.

Os policiais ainda deixam uma série de recomendações aos motoristas, entre elas, a redução da velocidade e a sinalização de parada com triângulo, pisca-alerta e faróis, mesmo em área de acostamento. Ao deparar-se com grande quantidade de fumaça, a orientação é jamais parar sobre a pista de rolamento e, para que isso ocorra, o motorista deve evitar entrar nas “cortinas de fumaças” formadas pelo incêndio, pois a restrição de visibilidade pode impossibilitar que o motorista tenha real noção do perigo.

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