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Cidade Branca tem excelentes opções para o desenvolvimento econômico sustentável

André Navarro em 21 de Setembro de 2017

Além da exuberância de sua natureza e de suas condições geográficas que lhe dão não somente o brilho de uma grande cidade, mas a capacidade de ter excelentes opções para o desenvolvimento econômico sustentável de seu povo, Corumbá, também conhecida como Cidade Branca, está localizada em uma região estratégica. O município que hoje comemora 239 anos, ainda é jovem no que diz respeito à exploração de sua economia, o que até certo ponto é bom, já que muito de seu meio ambiente está preservado e grande parte dos territórios utilizados nas atividades comerciais é conservada.

Intimamente ligada à utilização das reservas naturais, a cidade se vale de três pilares que sustentam sua economia. O extrativismo mineral, com a exploração dos minérios de ferro e de manganês do Maciço do Urucum; o turismo, que utiliza o rio Paraguai e seus afluentes para a pesca esportiva; e a pecuária, atividade mais antiga que se tem notícia no Pantanal e dona do segundo maior rebanho de gado de corte do país, com 1,8 milhão de cabeças. Entretanto, outra atividade que não é realizada em Corumbá, é a responsável pela maior fonte de arrecadação do município e do Estado de Mato Grosso do Sul: a venda do gás natural vindo da Bolívia.

A Bolívia, que tem 180 km de fronteira seca na região oeste de Mato Grosso do Sul, não se mostra parceira apenas na comercialização do gás, mas é um corredor imenso de exportação, ainda muito pouco explorado. O Brasil vende para o outro lado da fronteira, milhões de dólares todos os dias. Muito dessa movimentação diz respeito a máquinas e insumos agrícolas para o agronegócio boliviano que tem muitos brasileiros em suas rédeas. Atraídos pelo baixo valor das terras bolivianas, desde o final do século passado, produtores rurais atravessaram a fronteira para plantar soja e criar bois.

O que falta ainda é revisar a legislação brasileira que isenta de taxação de impostos os produtos vendidos para outros países, ou seja, Corumbá vê passar por sua fronteira milhões de dólares em exportação e não vê entrar em seus cofres sequer alguns centavos desse montante.

Outro fator que a cidade reclama é a concorrência desleal que essa legislação gera. Ao mesmo tempo que compra do Brasil com isenção de impostos, o comerciante boliviano negocia os produtos a preços bem mais baratos do que os que o comércio local pratica, pagando a alta carga tributária imposta pelo país. 

Mesmo assim, são pontos que estão sendo tratados e discutidos largamente e que devem ajudar o município a melhorar ainda mais sua performance econômica. Unindo o comércio exterior com a pecuária, o turismo e a mineração, Corumbá deverá se fortalecer nos próximos anos, solidificando assim as melhorias da qualidade dos serviços oferecidos à sua gente e aos visitantes que vêm aos milhares para a cidade todos os anos.

E nessa onda de atração turística, o setor também tem avançado rumo a novas conquistas para abrir o leque e não trabalhar apenas a pesca esportiva. Na própria pesca, já são muitas as famílias que acompanham os homens à cidade e acabam gerando mais receita. A terceira idade encontrou no município um de seus lugares preferidos para passear. Quando vem a Piracema, período de reprodução dos peixes, alguns barcos não têm ficado parados no porto, mas saem no chamado “Cruzeiro Pantaneiro”, um passeio contemplativo pela maior planície alagável do mundo.

O aumento do fluxo está acontecendo graças ao avanço do trade que vem investindo em capacitação dos funcionários, melhorias da qualidade do receptivo, ampliação e modernização das acomodações. O número e a qualidade dos hotéis aumentaram consideravelmente nos últimos anos e os barcos hotéis que singram os rios são luxuosos, confortáveis e seguros.

Mas nada se compara à quantidade de gente que vem para as festas, no chamado turismo de eventos. Carnaval, Arraial do Banho de São João, Festival América do Sul, e até o aniversário da cidade que nesta quinta feira, 21, vai contar com a presença da dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano. Milhares de pessoas “descem” para Corumbá, lotam os hotéis e os moradores alugam até quartos de suas casas para abrigar os visitantes.

Na pecuária, o município vem batendo metas em cima de metas. De um gado tucura que antigamente vivia alongado na planície e era bagualhado em época de venda, o produtor passou a rebanhos mais consistentes e de incrível melhoramento genético. Por isso, o gado pantaneiro é procurado por criadores de todo o país que se utilizam com frequência dos leilões para adquirir rebanhos inteiros, tanto de machos quanto de fêmeas.

O Pantanal é região de cria e recria e, por isso, vende a bezerrada de ano e a garrotada beirando dois anos. É das fazendas pantaneiras que saem muitos dos bois abatidos em todo o Brasil e inclusive os que vão para o exterior. Os animais são de extrema qualidade para engorda em pastos e confinamentos e preferidos dos fazendeiros que fazem a terminação de carcaça.

A mineração vem passando por um período delicado, devido ao mercado externo. A maior parte do minério retirado no Maciço do Urucum é direcionada à exportação e o preço não anda nada atrativo, com isso, o ritmo de extração caiu e vieram também as demissões. É tempo de esperar o reaquecimento do mercado para a retomada das atividades e recuperação dos meses perdidos.

Mas isso não significa nenhum tipo de problema. Vários poetas já citaram Corumbá como a terra preferida de Deus. Clio Proença disse que ela é uma estrela reluzente. E se alguém tem dúvida de que a cidade é mesmo abençoada, que sua economia está só engatinhando e que este é um lugar especial, é só descer para o Porto Geral em um final de tarde. Lá vai achar o peixe para pescar, a água para beber, e no pôr do sol mais lindo do mundo, vai ter um encontro especial para ter a certeza de que aqui é o lugar para “feliz viver”.

 

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