Campo Grande News em 29 de Agosto de 2017
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crimes Organizado) terminou a varredura nas três diretorias do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul) e saiu da sede do órgão, em Campo Grande, levando quatro diretores para depor.
Marcos Ermínio/CG News
De terno, promotor Tiago Di Giulio Freire, do Gaeco, deixa o Detran acompanhado de agentes
O diretor-presidente Gerson Claro deu entrevista ao sair do local. Ele afirma que a investigação está relacionada a contratos firmados pelo Detran na gestão anterior e citou a contratação da Itel Informática, empresa que pertence a João Roberto Baird, empresário alvo de outras operações do Gaeco, e da AC Informática para registro de documentos de veículos financiados.
Claro afirmou que todas as contratações feitas antes de 2015 passaram por varredura feita pelo próprio Detran. Neste com a Itel e a AC, especificamente, foram encontrados indícios de superfaturamento. “O contrato era de R$ 1,5 milhão, rescindimos e contratamos outra empresa por R$ 350 mil”.
Além de Claro, Donizete Aparecido da Silva (diretor-adjunto), Gerson Tomi (que comanda a Diretoria Tecnologia da Informação) e Celso Braz (da Diretoria de Administração e Finanças). A assessoria de imprensa do Detran-MS informou que os quatro não estão presos, mas serão levados para delegacias, onde prestarão depoimentos. Eles foram levados até a sede do departamento primeiro para que pudessem acompanhar as buscas.
A operação
As equipes do Gaeco começaram a varredura antes das 07h e servidores destes setores, ao menos 60, aguardavam do lado de fora. Os investigadores da “tropa de elite” do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) foram espalhados por Campo Grande para cumprir 12 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão, durante a Operação Antivírus, deflagrada nesta terça-feira (29).
Dos 12 mandados de prisão, nove já são de prisão preventiva e três temporárias. Dentre os presos estão o ex-deputado estadual Ary Rigo e Jonas Schimidt das Neves, dono da empresa Digix, a antiga Dighito Brasil. O Gaeco investiga crimes de corrupção ativa e passiva, fraude à licitação, peculato e organização criminosa.
Segundo a assessoria de imprensa do MP, contratos de informática celebrados entre o Poder Público e empresas são investigados. “Em virtude da complexidade da operação, não serão divulgadas informações antes do término das investigações”, informou a assessoria por meio de nota.
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