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SIG da Polícia Civil estoura boca pela segunda vez e prende distribuidor conhecido como "Pirata"

Ricardo Albertoni em 22 de Agosto de 2017

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Divulgação: Polícia Civil

Luiz Otávio Campos, Lilian Pereira Parraga e Keity Xavier Castello foram presos

Equipe do SIG (Setor de Investigações Gerais) da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Corumbá estourou na segunda-feira, 21 de agosto, “boca de fumo” que havia sido fechada há menos de um mês no bairro Aeroporto e prendeu o distribuidor no bairro Dom Bosco.

A ação teve início em monitoramento na “Boca da Keity”, antiga “Boca do Banana”, alvo de ação no dia 25 de julho. Os policiais viram quando Keity Xavier Castello, de 27 anos, saiu em uma motocicleta e através de gestos mandou que alguns usuários de drogas, que estavam parados em frente a sua residência, esperassem seu retorno.

Ela foi até um local conhecido como “Bar do Pirata”, no bairro Dom Bosco e foi seguida pela equipe. Lá constatou-se que ela recebeu droga das mãos do dono do estabelecimento, Luiz Otávio Campos, de 32 anos, conhecido como “Pirata” e escondeu nas partes íntimas, retornando para sua casa.

Os policiais entraram na residência e Keity correu em direção à cozinha onde foi flagrada tentando se livrar do entorpecente pelo ralo da pia que ficou impregnada com a droga. O material foi coletado pelo delegado Rodrigo Blonkowski, responsável pelo cartório de furtos, roubos e tráfico de drogas do 1º DP de Corumbá e que coordenou a ação.

Drogas, dinheiro, balança de precisão e materiais sem procedência comprovada foram apreendidos

Na casa, foram apreendidos a quantia de R$ 71 em dinheiro miúdo e US$ 2; uma “paradinha” de pasta base de cocaína e um celular, onde foi visualizada uma mensagem de texto expondo a negociação de drogas entre Keity e Pirata, confirmando que ela tinha ido até o “Bar do Pirata” para abastecer seu ponto de venda de drogas, o que indicou que o dono do estabelecimento era distribuidor de entorpecentes.

Consta que “Pirata” é conhecido por traficar em Corumbá e já foi preso anteriormente pelo mesmo crime pelo SIG. Recentemente foi alvo de investigações por parte do DENAR (Delegacia Especializada em Repressão a Narcóticos de Campo Grande/MS) acusado de realizar transações de drogas interestaduais.

A Polícia Civil foi até o “Bar do Pirata” localizado na rua Cuiabá, esquina com Marechal Deodoro, e quando o autor percebeu a presença policial tentou fugir, mas foi detido nos fundos do bar. A mulher de "Pirata", Lilian Pereira Parraga, de 33 anos, disse que não sabia do comércio de entorpecentes e que estava separada do marido, mas tinha voltado há uma semana. Ela também foi presa por associação ao tráfico e tentou dificultar o trabalho da Polícia dizendo que Luiz Otávio não guardava entorpecentes na residência e sim na casa da mãe dele, localizada nas proximidades.

No momento da entrada na residência, os policiais perceberam que “Pirata” havia corrido em direção a uma árvore. Lá, a equipe encontrou amarrado em um dos galhos um tablete de pasta base de cocaína pesando aproximadamente 732 gramas. Uma balança de precisão, peneira e a quantia de R$ 746  em dinheiro (cédulas trocadas e moedas), além de US$ 2 e objetos de origem não comprovada, foram apreendidos durante a ação policial.

A boca contava com sistema de monitoramento com uma central no quarto do casal, onde Luiz Otávio visualizava o movimento nas duas ruas já que o estabelecimento fica em um cruzamento.

Domínio do tráfico de drogas 

"Pirata" confirmou o fornecimento à “Boca da Keity” e informou que ela comanda não só o ponto de venda de drogas que era do irmão Wellington Xavier Castello, o “Banana”, mas é responsável pela venda de entorpecente em toda a região da Cervejaria, bairro onde segundo a Polícia Civil, a família dela tem domínio do tráfico de drogas. O mesmo método de operação do irmão foi observado na casa de Keity, que guardava uma porção da droga próximo a uma pia e embalava à medida que fosse vendendo, deixando o entorpecente sempre pronto para ser descartado caso houvesse a chegada da Polícia.

Diante do flagrante, todos foram presos e encaminhados juntamente para a 1ª Delegacia de Polícia Civil. A chave da residência e do bar de propriedade de Luiz Otávio foram entregues à mãe dele.

De acordo com o delegado Rodrigo Blonkowski, cada vez mais a Polícia observa a ousadia dos criminosos na prática do tráfico de drogas, mas a população tem auxiliado a Polícia no combate às “bocas de fumo”.

“Chama a atenção a ousadia dos traficantes, já que recentemente a boca de fumo conhecida como “Boca do Banana” tinha sido fechada pela Equipe do SIG e denúncias feitas pela população davam conta que o ponto de venda de entorpecentes teria sido assumido por familiares do antigo ‘proprietário’. A população vem ajudando muito com denúncias e em menos de 24h foram três pontos de venda de entorpecentes fechados pela Polícia Civil e cinco pessoas presas pela prática de tráfico de drogas e associação para o tráfico”, disse Blonkowski ao Diário Corumbaense.

Denúncias

O SIG da Polícia Civil atua em parceria com a população através de denúncias anônimas. Qualquer informação pode ser repassada pelo telefone (67) 9 9272-6380 ou pelo e-mail sigcorumba@gmail.com.