Campo Grande News em 28 de Julho de 2017
Arquivo/CG News
Bancada federal de MS: Marun e Tereza, Geraldo e Daboberto, Elizeu Dionízio e Zeca, Mandetta e Vander
Os deputados Zeca do PT, Vander Loubet (PT) e Dagoberto Nogueira (PDT), que fazem parte da oposição, já confirmaram que irão votar pela aceitação da denúncia. "Já se tem elementos suficientes para que a investigação contra o presidente prossiga, por muito menos a Dilma (Rousseff) foi cassada", ressaltou Dagoberto.
Já Carlos Marun (PMDB), aliado do presidente, faz a defesa de sua permanência no cargo, ele disse que a base está segura de que a oposição não tem os votos suficientes. "Eles não chegaram nem perto, fizemos uma nova avaliação, que aponta para a não aceitação da denúncia". Marun também acredita que a maioria dos deputados do PSDB irá votar a favor de Temer, apesar do partido tem deixado os filiados livres para se posicionar. "Estamos confiantes, na hora que for colocada a questão em plenário, vamos derrotar a oposição".
Já Elizeu Dionízio (PSDB) não se manifestou sobre o tema, mas já se posicionou na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), votando contra a aceitação da denúncia.
Os deputados Geraldo Resende (PSDB), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Tereza Cristina (PSDB) seguem indecisos ou destacam que só vão apresentar sua posição na hora do voto, seguindo até uma estratégia dos próprios partidos, envolvidos na articulação política.
Mandetta ressaltou que já tem posição definida, mas que a pedido do partido, só vai revelar na hora da votação. "Nós resolvemos adotar esta postura porque houve muitos rumores em relação ao DEM, já que o primeiro da linha sucessória do Temer, é justamente o Rodrigo Maia (DEM-RJ), que é presidente da Câmara".
Geraldo Resende disse que ainda não definiu o voto e que deve tomar esta decisão na semana que vem. Ele garante que o partido (PSDB) não fechou questão sobre o tema. "Cada um vai votar de acordo com sua consciência". Já Tereza (Cristina) disse que ainda não decidiu sobre o voto.
Denúncia
O presidente é processado por corrupção passiva. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot atribui crime a Temer a partir do inquérito da Operação Patmos - investigação desencadeada com base nas delações dos executivos do grupo J&F, que controla a JBS.
O processo será avaliado pela Câmara dos Deputados. Na votação seguinte serão necessário dois terços dos parlamentares, para que haja prosseguimento na investigação contra Temer, neste momento.
Se os deputados não aceitarem a denúncia, o presidente só será investigado após deixar o cargo. Se eles aceitarem, caberá ao STF (Supremo Tribunal Federal) decidir no pleno se acatam a denúncia, se isto ocorrer, Temer será afastado poe 180 dias, até que haja o julgamento.
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