Da Redação em 14 de Julho de 2017
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Reforma, em etapas, da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária, começou em agosto de 2016
De acordo com o chefe do Executivo corumbaense, a iniciativa é possível porque o Conselho Estadual de Cultura reconheceu “por unanimidade o tombamento da igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária como patrimônio do Estado do Mato Grosso do Sul”, informou o prefeito. Segundo ele, o reconhecimento “deu a condição necessária para que o Estado seja parceiro dessa situação”, completou Ruiter durante as celebrações dos 10 anos de sacerdócio do padre Fábio Vieira, pároco da Catedral.
Construída por Frei Mariano de Bagnaia no século 19, a igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária tornou-se patrimônio histórico e cultural do município de Corumbá no dia 02 de fevereiro deste ano, por meio do decreto municipal número 1.748, assinado pelo prefeito Ruiter Cunha.
A declaração, para fins de tombamento, levou em consideração – além das características arquitetônicas da igreja – a proteção do patrimônio histórico cultural local; o valor histórico da Catedral para a cidade; o fato de ter sido construída em 1885 e ser o templo católico mais antigo de Mato Grosso do Sul e ainda o fato de Nossa Senhora da Candelária ser padroeira de Corumbá e da Diocese.
Reunião com comunidade da paróquia
No final de junho, Ruiter recebeu integrantes da comissão especial da comunidade da paróquia Nossa Senhora da Candelária, encarregada da reforma da igreja Matriz. O grupo apresentou a preocupação com a situação – a Catedral está interditada desde junho do ano passado, quando parte da estrutura de gesso do teto caiu. Eles expressaram a necessidade de vê-la aberta e sediando as missas.
“A comissão trouxe essa preocupação e apresentou a necessidade de a igreja voltar a ser aberta. Sabe que está contemplada pelo PAC Cidades Históricas, mas infelizmente por essa questão nacional que estamos vivendo, essa instabilidade, não há garantia do aporte do recurso”, disse o prefeito ao antecipar que o próprio Ministério da Cultura o informou que em caso de liberação dos recursos pelo Governo Federal, o projeto da igreja tem a preferência.
“A questão da Matriz de Nossa da Candelária está em primeiro lugar para ser liberado. Isso nos foi afiançado pelo Ministério da Cultura. Estamos articulando, mas não tendo garantia não tem como licitar, não tendo como licitar, não há como fazer obra”, afirmou Ruiter. No encontro, a comissão propôs que a igreja seja reaberta após execução de obras internas. “A reivindicação da comunidade é que a igreja abra e que, pelo menos, seja feita a parte interna para que possa abrir. Justamente, o recurso do Estado dá essa condição”, observou o chefe do Executivo Municipal.
Município vai executar
O prefeito afirmou que há possibilidade de a Prefeitura executar obras para a abertura da igreja até o final do ano. “No município existe um Fundo de Cultura e do Patrimônio Histórico, criado em nossa gestão anterior. Avaliamos a finalidade e observamos que é para isso, para investir em patrimônio reconhecido pelo Iphan, como é o caso, dentro da área tombada do município, como é o caso ali também. Tínhamos esse recurso e autorizamos a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos a fazer as obras de recuperação do forro, da nave da igreja para depois do recurso do Estado, liberando para a parte elétrica, e com essa obra da Prefeitura, ter condição de serem celebradas novamente missas. Dá para abrir até o final do ano. É um presente do Município ao padre Fábio Vieira, pelos 10 anos de sacerdócio”, finalizou Ruiter Cunha de Oliveira. As informações são da assessoria de comunicação da PMC.
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