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Com honras militares, cabo Luiz Vargas Aguilar é sepultado no cemitério Santa Cruz

Ricardo Albertoni em 10 de Julho de 2017

Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Viaturas da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Guarda Municipal acompanharam o cortejo

Foi sepultado no final da manhã desta segunda-feira, 10 de julho, o corpo do cabo da reserva da Polícia Militar, Luiz Vargas Aguilar, de 55 anos. O policial foi morto na noite de sábado (08), após ter sido solicitado por populares para socorrer uma vítima de roubo.

Ele estava sendo velado na Capela Cristo Rei, na rua Major Gama desde a manhã de domingo, (09), de onde o corpo saiu em cortejo até o cemitério Santa Cruz, no centro de Corumbá. Policiais civis,  militares e agentes da Guarda Municipal participaram das homenagens. Viaturas da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Guarda Municipal acompanharam o cortejo.

Diversos companheiros de jornada estavam presentes na despedida do policial militar e destacaram ao Diário Corumbaense, a conduta do profissional e os riscos da profissão. “Aguilar era excelente soldado, saiu cabo e ficou muito pouco na patente até acontecer essa tragédia. O policial sai de casa e não sabe se voltará vivo ou morto, essa é a nossa realidade”, disse Ralf Cavalheiro, de 61 anos e que conviveu com o cabo Aguilar por mais de vinte anos.

“Fiz academia de cabo na época e o conhecia do meio policial. É uma perda grande de um ótimo militar que desenvolvia muito bem seu trabalho. Hoje nesse mundo em que estamos vivendo não só os policiais, mas todo mundo corre esse risco. É lamentável”, afirmou o policial ambiental da reserva, Leôncio Ribeiro Raldes.

Irmão do policial lembrou da importância que Luiz Aguilar tinha na família

O irmão do policial lembrou da importância que Luiz Aguilar tinha na família. “Ele sempre foi um homem responsável, trabalhador, que a vida inteira se dedicou aos filhos. Teve essa morte trágica. Levou um pai de família, um irmão, um amigo. Ele era tudo pra gente. Perdi meu único irmão, minha referência, já que ele era mais velho”, lembrou o irmão, sargento também da reserva, Sérgio Vargas Aguilar.

Ex-comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar e atual subcomandante do CPA-3 (Comando de Policiamento de Área), que gerencia os batalhões de Aquidauana, Corumbá e Jardim, o tenente-coronel Ubiratan de Oliveira Bueno lamentou a perda do cabo e ressaltou a dedicação dele à corporação. “Sempre foi um policial militar dedicado, exemplar, como pai de família e cidadão. É triste hoje essa missão de nos despedir de um grande profissional, que foi e será sempre um guerreiro que infelizmente veio a óbito em uma situação que ninguém esperava que acontecesse até pela conduta dele como cidadão. Nós passamos para os militares que o policial é sempre policial, são 24 horas policial militar, não tem como desvincular, a farda está costurada no seu corpo. Ele estava em um momento de folga, de tranquilidade, pois o policial nunca deixa de atender os anseios da população”, lembrou Ubiratan Bueno.

Reprodução

Cabo Aguilar já estava aposentado, mas tinha retornado ao serviço militar

A sociedade não pode admitir que um agente da lei "tombe" em serviço, diz comandante

O atual comandante do 6º Batalhão, tenente-coronel César Freitas,  externou o sentimento dos policiais e emocionado  destacou que embora os policiais estejam sujeitos aos riscos, a sociedade não pode admitir que um agente da segurança pública seja morto durante o exercício da profissão.

“Estamos muito consternados, os policiais de uma forma geral. Quando o policial é chamado para fazer qualquer intervenção, ele corre e sabe desse risco e infelizmente isso aconteceu. Estamos tristes, a família da Polícia Militar como um todo está muito triste. Embora  isso seja um risco, a sociedade não pode admitir de forma nenhuma que isso aconteça, que um agente da lei "tombe" em serviço", afirmou ao Diário o comandante do 6º BPM.

Antes do enterro, houve salva de tiros e o caixão foi coberto com as bandeiras do Brasil e do Estado de Mato Grosso do Sul

No cemitério Santa Cruz, o policial foi sepultado com honras militares. Antes do enterro, houve salva de tiros e o caixão foi coberto com as bandeiras do Brasil e do Estado de Mato Grosso do Sul, que foram entregues à família como reconhecimento dos serviços prestados.

O caso

O cabo da reserva Luiz Vargas Aguilar, foi morto na noite de sábado (08), por volta das 19 horas, depois de ser solicitado por populares para verificar um roubo, na rua João B. Couto, no bairro Guató, parte alta da cidade.

Segundo a assessoria de comunicação da PM, no momento em que o cabo imobilizaria o ladrão, foi surpreendido por outros dois indivíduos que atiraram contra ele. A bala entrou pela axila e transfixou o pescoço. A equipe do Samu ainda chegou a socorrer o policial militar e o encaminhou para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mas ele não resistiu ao ferimento.

O cabo Aguilar era aposentado, mas retornou ao serviço militar, atuando na guarda externa da Unei (Unidade Educacional de Internação). Ele deixou esposa e cinco filhos. Até o final da manhã desta segunda-feira, nenhum suspeito de envolvimento no crime foi preso.

 

Galeria: Sepultamento Cabo Aguilar

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Comentários:

Luciene Alves do Nascimento: Infelizmente nos cidadão de bem fica a merce desses marginais , eles não pagam pelo mal que faz pois são protegido pelos próprios familiares e pela justiça também não ajudam com esse coisa de direitos humanos,mais tirar a vida de um cidadão eles podem ,os familiares escondem os marginais e sabe que estão errados , e por isso eles continua matando ,roubando como se fosse uma coisa normal .o que podemos fazer? a não ser viver escondido dentro de casa e os marginais passeando nas ruas .gente isso e um absurdo.....

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