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Diretores de concessionária afirmam que manutenção de ponte é atribuição do governo

Da Redação em 30 de Junho de 2017

Representantes da Concessionária Porto Morrinho, empresa responsável pela exploração da ponte sobre o rio Paraguai, em Corumbá, foram ouvidos na tarde de quinta-feira, 29, pelo deputado estadual Beto Pereira (PSDB). O objetivo da reunião, que aconteceu no Plenário Nelito Câmara, na Assembleia Legislativa, foi esclarecer sobre a falta de manutenção na estrutura da ponte, que há anos sofre com colisões de barcaças e está com um dos pilares completamente sem proteção. 

Fotos: Divulgação

Deputado Beto Pereira e o vereador Domingos Albaneze durante audiência

Estiveram presentes na reunião o engenheiro da Concessionária, André Rodrigo Garcia, e diretor executivo da empresa, Wolney Azevedo Freire. Também participou o vereador de Corumbá Domingos Albaneze (PV). O assunto foi levantado em abril desse ano, durante uma audiência pública realizada na Câmara Municipal de Corumbá, que discutiu a infraestrutura e a segurança das pontes que ligam o município pantaneiro ao restante do Estado. No evento foram apresentados laudos de acidentes e registros fotográficos que mostram que um dos dolfins, equipamentos que protegem os pilares da ponte, está totalmente destruído.

O diretor executivo da Concessionária Porto Morrinho esclareceu que a responsabilidade quanto a realização de reformas na ponte é do Governo do Estado e que isso está descrito no contrato de concessão. Entretanto, até agora não foi realizada nenhuma obra de recuperação da estrutura danificada. “Cabe ao Estado fazer esses reparos. Já cobramos a urgência nessa questão e até mesmo acionamos o Ministério Público para que o problema fosse solucionado”, ressaltou Wolney, afirmando ainda que a concessionária se propôs a fazer a obra desde que o Governo do Estado dê a autorização para isso.

O deputado Beto Pereira questionou os representantes da concessionária o motivo de a empresa ter firmado contrato com o Governo em 2008, uma vez que nesse ano, o dolfin de proteção da estrutura da ponte já estava avariado. “Quando foi concedida a exploração da ponte para a Porto Morrinho, já existiam danos na estrutura. É o mesmo que comprar um carro usado com pneus carecas. A pergunta é: por que assumir uma responsabilidade que não é sua?”,  indagou Beto Pereira.

Representantes da Concessionária Porto Morrinho

Wolney Freire afirmou que o Estado havia se comprometido em realizar a obra, inclusive já iniciada em 2005. Porém nunca foi levado ao final. “Nós, da concessionária, firmamos o contrato sabendo que existia o dano, mas não riscos de comprometer a estrutura da ponte. Fizemos seguros para nos garantir caso tivéssemos que assumir essa reforma. Estamos dispostos a ajudar. Mas existem impedimentos legais para isso”, disse Wolney.

O vereador Domingos Albaneze falou sobre a preocupação da população de Corumbá de ficar isolada do restante do Estado, caso a ponte seja interditada em função de novos acidentes. “Esse dolfin protege os pilares da ponte de colisões. Sem ele, toda a estrutura está exposta e caso uma embarcação se choque com a estrutura, pode haver uma interdição do tráfego e voltaremos ao tempo das balsas de travessia. Não queremos isso. Queremos uma solução urgente para o problema”, afirmou Albaneze.

Beto Pereira disse que a Assembleia vai tomar algumas medidas para solucionar esse problema. “Precisamos de respostas rápidas e vamos agir nesse sentido. Sei que a Concessionária terá uma reunião com o Ministério Público Federal no inicio do mês que vem para encontrarem uma saída. Vamos esperar o resultado dessa reunião para tomarmos qualquer atitude sobre esse tema. O certo é que Corumbá não pode ficar nessa angústia e que o dolfin precisa ser recuperado. Estarei acompanhando de perto todos os trâmites”, concluiu Beto Pereira. As informações são da assessoria de imprensa do parlamentar

Anderson Gallo/Arquivo Diário Corumbaense

Ponte sobre o rio Paraguai já sofreu avarias por causa de colisões de barcaças contra a estrutura

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