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Adolescentes e mandante de assassinato eram conhecidos de empresário

Campo Grande News em 20 de Junho de 2017

A Polícia Civil trabalha com duas hipóteses sobre o latrocínio do empresário Ronaldo dos Santos Batista, 38, registrado na madrugada de ontem (19), em Anastácio, distante 135 km de Campo Grande. Em uma delas, o veículo roubado da vítima foi encomendado e, na outra, teria sido confiscado por dívida de droga. 

Reprodução/Facebook

Adolescentes e mandante do assassinato eram conhecidos de Ronaldo

De acordo com o delegado que investiga o caso, Eder Oliveira Moraes, em ambas versões, Walerson Ozorio, 21 anos, surge como mandante e teria oferecido R$ 5 mil aos executores. Os adolescentes seriam conhecidos de Ronaldo, com fácil acesso a sua casa.

O delegado explica que os dois adolescentes de 17 anos detidos no bairro São Cristóvão são amigos, e teriam participado de forma direta no assassinato. Segundo informações do site O Pantaneiro, a dupla teria passado o dia na casa da vítima, pois a conheciam há algum tempo. "Antes de pegar o carro, eles deram uma garrafada na cabeça de Ronaldo, depois o amarraram e jogaram na piscina, usando o vaso de flor para afundar o corpo. Este foi o relato coeso dos dois sobre como o mataram", disse.

Uma quarta pessoa, que é maior de idade e sabia dirigir, foi até o imóvel e levou o carro VW Saveiro até onde mora Walerson, no bairro Nova Aquidauana, na cidade vizinha. Assustado com a repercussão da morte por meio da imprensa, Walerson abandonou o carro nas imediações do lixão, perto da pista de motocross. O veículo foi apreendido em operação conjunta entre a Polícia Civil e unidades especializadas do 7º Batalhão da Polícia Militar.

Ainda segundo o delegado, os dois adolescentes apreendidos deram versões distintas sobre a motivação, embora tenham concordado a respeito da execução. Um deles afirma que foi contratado por Walerson por R$ 5 mil para lhe entregar um carro roubado, no caso, a Saveiro do empresário. O jovem convidou o outro adolescente para ajudá-lo com a promessa de dividir o dinheiro arrecadado no crime.

O outro adolescente, diz que Walerson lhes ofereceu os mesmos R$ 5 mil para buscar o carro de Ronaldo. O veículo seria "confiscado" por causa de uma dívida de drogas. Ou seja, a vítima teria consumido entorpecentes fornecidos pelo autor, que já foi preso por tráfico, mas não teria pagado. Por isso, Walerson pediu a picape como forma de compensar esta dívida. O delegado lembra ainda que todos os envolvidos, incluindo a vítima, se conheciam. Ronaldo era dono do restaurante Estação Pantaneira, em Aquidauana.