Campo Grande News em 10 de Junho de 2017
O Governo do Estado decidiu apresentar uma proposta de reajuste para os funcionários estaduais no dia 03 de julho. O anúncio veio depois que falou-se em congelamento dos salários e após duas horas de reunião com o Fórum dos Servidores, na tarde de sexta-feira (09).
O encontro entre os representantes das categorias do funcionalismo público, o governador Reinaldo Azambuja, os secretários estaduais de Governo, Eduardo Riedel, e Administração, Carlos Alberto de Assis, e a comissão da Assembleia Legislativa aconteceu na Governadoria, pouco mais de uma semana depois do anúncio do "reajuste zero".
Ao término da reunião, o governador preferiu não dar entrevista, mas Riedel explicou à imprensa que "a concessão do reajuste ou reposição da inflação, está condicionada à melhoria na receita. O deputado estadual Paulo Siufi (PMDB) falou pela comissão parlamentar. "Na prática ficamos duas horas reunidos e nos foi dito que há uma crise e que nos próximos 20 dias o Estado vai procurar aumentar suas receitas antes de falar em reajuste".
A administração estadual prometeu, segundo Siufi, encontrar uma saída renegociando financiamentos com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a reposição da arrecadação do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços).
Servidores
Os representantes dos servidores aceitaram a condição. O tenente Thiago Mônaco, que representa os policiais militares, disse que as categorias vão esperar a proposta, mas fez questão de lembrar que "há três anos os funcionários públicos amargam o congelamento dos salários". "Servidores querem ao menos a reposição inflacionária, prevista no artigo 37 da Constituição".
O presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Eucação de Mato Grosso do Sul), Jaime Teixeira, que também faz parte do fórum, além do reajuste, as categorias querem a incorporação nos salários dos R$ 200 de abono concedidos aos servidores pelo governador no ano passado. Servidores vão montar calendário de manifestações, que começam na próxima semana.
Reajuste zero
No dia 31 de maio, último dia para a negociação salarial, uma vez que a data-base do funcionalismo público estadual é maio, o secretário de Administração anunciou que os 72 mil servidores estaduais - ativos e aposentados - ficariam sem reajuste este ano.
Assis explicou começou a maratona de reuniões com as 47 categorias de servidores, mas que não tinha como propor aumento, porque o governo não tem receita suficiente para custear uma folha reajustada – hoje, o Estado gasta R$ 450 milhões por mês com pessoal. “Para a nossa surpresa os representantes das categorias estão sendo compreensivos. Nossa prioridade é não atrasar os salários”, ressaltou na ocasião.
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