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À espera de recursos do Governo Federal, obras da Igreja Matriz estão paralisadas

Ricardo Albertoni em 26 de Maio de 2017

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Padre Fábio acompanha de perto todo o trabalho de revitalização da igreja

Desde a segunda quinzena de abril, a reforma da Igreja centenária Matriz de Nossa Senhora da Candelária está paralisada. O prédio que está entre os dez projetos de Corumbá contemplados com recursos federais para sua recuperação através de verbas do Plano de Ação para as Cidades Históricas, está em obras desde o ano passado após ser interditado depois que parte da estrutura de gesso do teto caiu.

Em fevereiro deste ano, após decreto assinado pelo prefeito Ruiter Cunha de Oliveira, o prédio tornou-se patrimônio histórico e cultural do município de Corumbá. Como desdobramentos do ato, foram iniciadas então – em conjunto com ações da própria Diocese - obras com a participação do município, como a reforma da cobertura que incluiu a troca de vigas e substituição do telhado antigo por telhas termoacústicas.O Governo do Estado também participa das ações e deve arcar com a readequação de todo o sistema elétrico do prédio que será reformulado para que a igreja receba o sistema de climatização.

Mas de acordo com o padre Fábio Vieira, pároco da Catedral de Nossa Senhora da Candelária, padroeira da cidade, desde a metade do mês de abril, sob a orientação do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), a obra foi paralisada. Como os recursos arrecadados pela Diocese para as intervenções com o objetivo de acelerar a reforma também já estavam se esgotando, o pároco concordou com a interrupção da obra. “O recurso existe, está disponível só que falta o trâmite político para que ele possa ser liberado pelo Governo Federal para a conclusão da obra. O IPHAN garantiu que o dinheiro vai sair e seria bom que nós parássemos, até mesmo porque acredito que vão tentar nos ressarcir daquilo que nós gastamos que estava dentro do que o projeto contempla”, explicou o padre Fábio Vieira ao Diário Corumbaense.

De acordo com ele, o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Ricardo Campos Ametlla, garantiu que a Prefeitura está trabalhando para viabilizar o recurso que inicialmente já estaria disponível para a reforma de dois prédios  – Catedral e Antiga Prefeitura. Foi dado o prazo até julho para a retomada das intervenções. A partir da liberação do recurso, a Prefeitura deve realizar licitações para a execução completa da obra em relação ao projeto aprovado pelo IPHAN. O projeto de reforma está orçado em aproximadamente R$ 2 milhões.

Ricardo Albertoni/Diário Corumbaense

Secretário de Infraestrutura, Ricardo Ametlla, há expectativa de liberação de verba até julho

"Temos sim a expectativa de liberação da verba até julho, os projetos estão no Ministério da Cultura. A obra na Catedral não vai ficar totalmente paralisada porque o Município vai começar a trabalhar a parte do forro de gesso. O material já está sendo cotado para continuidade do contrato de execução", disse Ricardo Amettla que lembrou que também são aguardados os recursos do Governo do Estado para a parte de instalação elétrica.

Já o pároco Fábio Vieira reforçou a intenção em reabrir a Matriz no fim do ano. Apesar de confiar no reinício das obras nos próximos meses com o investimento do Poder Público, ele afirma que caso a retomada dos trabalhos não aconteça dentro do prazo, continuará as obras com apoio da população.

“Nós acolhemos esse termo de colaboração e eu até assinei afirmando que concordo. Se foi dada essa certeza tudo bem, mas eu tenho um prazo que é até o fim de julho, depois eu retomo de alguma forma com apoio da comunidade. Temos que esperar, mas se em dezembro não estiver concluída, eu coloco os bancos de volta e volto a celebrar aqui, mesmo que seja no escuro”, afirmou o padre.

Durante todo o período, a igreja não deixou de levantar recursos para custear a reforma da Matriz de Nossa Senhora da Candelária. Os valores utilizados serviram para acelerar as obras e ainda para realizar intervenções que não serão contempladas pelo projeto aprovado pelo IPHAN, como a instalação de lustres e aparelhos de ar-condicionado. "Nós começamos por iniciativa própria para adiantar as coisas, mas parece que vão conseguir o ressarcimento. Se vier para a igreja aquilo que ela gastou ótimo, seria perfeito”, concluiu o padre.

Recuperação de prédios históricos entram como contrapartida ao Fonplata

Em abril, o secretário de Governo Cássio Costa Marques, explicou ao Diário Corumbaense que todos os projetos que fazem parte do PAC das Cidades Históricas entram como contrapartida ao Fonplata. Ele destacou que o processo para liberação dos recursos está em fase de esclarecimento de dúvidas, detalhes solicitados pelo IPHAN junto à Prefeitura. O secretário falou ainda que uma equipe trabalha especificamente nessa questão para que sejam liberados os recursos para continuidade aos projetos.

Na ocasião, o prefeito Ruiter Cunha de Oliveira destacou a importância da chegada do recurso federal. “É bom salientar que essa questão do PAC das Cidades Históricas não estava sendo tratada com a atenção que o projeto merece e a importância que ele representa para o Município. Ele é importante não só como contrapartida do Fonplata, mas por tudo aquilo de significância que ele traz para a cidade, pelo conteúdo de estar reequipando, reformando vários prédios históricos e culturais do Município”, frisou.

 

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