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Juíza federal mantém fiança de R$ 1 milhão para Puccinelli não ser preso

Campo Grande News em 13 de Maio de 2017

André Bittar/Campo Grande News

Puccinelli usa tornozeleira eletrônica desde o dia 11 de maio

A Justiça Federal negou retirar a exigência de fiança de R$ 1 milhão para o ex-governador André Puccinelli (PMDB), alvo da 4ª fase da operação Lama Asfáltica na última quinta-feira (dia 11). Desta forma, segue vigente o prazo até segunda-feira (dia 15) para o pagamento, com possibilidade de decretar prisão.

De acordo com o advogado Renê Siufi, a juíza não aceitou o argumento de que o dinheiro de Puccinelli já está bloqueado desde 2016. “O Ministério Público foi contra também, são contra tudo. Mas ele não tem como pagar”, afirma o advogado. Siufi avalia as próximas medidas jurídicas que vai tomar.

Ao negar o pedido de prisão preventiva de Puccinelli, a juíza substituta da 3ª Vara Federal de Campo Grande, Monique Marchioli Leite, determinou uma séria de medidas cautelares diversas da prisão: uso de tornozeleira eletrônica, pagamento de fiança de R$ 1 milhão, proibição de se ausentar da Capital por mais de dez dias sem prévia autorização judicial, recolhimento noturno a partir das 21h, proibição de estabelecer contato com os demais investigados e comparecimento mensal em juízo.

Em caso de descumprimento de qualquer uma das condições, poderá ser decretada a prisão preventiva. A 3ª Vara Federal é especializada em crimes de lavagem de dinheiro, ocultação de bens e valores e crimes contra o SFN (Sistema Financeiro Nacional).

O patrimônio de Puccinelli não mereceu destaque no pedido de prisão que o MPF (Ministério Público Federal) fez contra ele. Mas, consta que a investigação descobriu vários indícios de que o ex-governador tem patrimônio em nome de laranjas. A operação aponta desvio de R$ 150 milhões dos cofres públicos na gestão de Puccinelli. A força-tarefa para investigação também conta com a CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal.

 

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