Autor do hino do Corumbaense, vê momento como oportunidade de salto na história do clube

Ricardo Albertoni em 07 de Maio de 2017

Fotos: Ricardo Albertoni/Diário Corumbaense

Luiz Rojas é autor de mais de seiscentas composições

O Corumbaense é hoje, um dos clubes mais estruturados do futebol sul-mato-grossense. A entidade que tem sede social, história, torcida e oferece estrutura para jogadores do elenco, não poderia ficar sem um hino oficial, porém, o clube com 113 anos de história só passou a contar com sua própria canção há 12 anos, quando foi realizado um concurso para escolher a letra e a melodia.

Em 2005, uma empresa de telefonia decidiu criar um prêmio da música, no Corumbaense. De acordo com o compositor Luiz Antônio Velásquez Rojas, que é engenheiro químico, funcionário da Prefeitura de Corumbá, mas acima de tudo um apaixonado pela música, o presidente do clube, que na época era o empresário Jorge Freitas, decidiu criar paralelo ao festival um concurso para a escolha do hino do Carijó da Avenida. Havia um corpo de jurados para decidir os vencedores.

Luiz Rojas, que tem mais de 600 composições, explicou ao Diário Corumbaense que decidiu participar com uma reestruturação de um esboço feito por ele na década de 1990. Na época, o objetivo era homenagear pessoas que faziam parte da história do clube.

“O hino do Corumbaense já tinha um esboço. Eu tinha dentro do Corumbaense amigos como Mário Sérgio Aguiar, Tota, Binha, Dutra, pessoas que fizeram parte da história do clube. Então decidi fazer algum traçado musical que contasse um pouco da história do Corumbaense. Coisas que traziam a gente para perto do clube. Fiz esse esboço e coloquei na gaveta para um dia fazer a reestruturação”, lembrou.

Compositor guarda troféu recebido em concurso

Quando soube do concurso, ele decidiu retirar o rascunho da gaveta, finalizá-lo e concorrer. A afilhada, Stéphanie Brittes, interpretou e o músico Zezé Mauro acompanhou no violão. Na época, ele também participou do festival de música, com a canção Saga de Pescador, paralelo ao concurso, o qual também arrematou o primeiro lugar. A pedido da afilhada, Rojas participou no vocal. A final aconteceu em 26 de agosto daquele ano e o compositor ainda guarda um dos dois troféus entregues naquela noite, o outro, ficou com a afilhada.

De acordo com Rojas, após o concurso, ele foi procurado por um repórter de uma grande emissora a respeito da letra e melodia para que fizessem parte do museu do futebol.

O outro hino

Depois de chegar ao seu conhecimento a existência de outra música na internet denominada como hino do clube, o compositor decidiu regravar a versão oficial. Para isso, ele contou com a parceria dos músicos Ramão Terra e Soneca.

“O Corumbaense começou a se destacar e fiquei sabendo que tinha um outro hino que diziam ser o hino do clube. Fui ouvir e vi que aquele hino realmente tinha participado do concurso, mas não tinha sido o vencedor. Por causa disso, eu resolvi gravar e divulgar o verdadeiro hino do clube, pelo menos o hino que foi homologado no concurso realizado pela própria diretoria do Corumbaense”, ressaltou.

Parte da história do clube, como autor da canção oficial que representa o Galo Guerreiro, Luiz Rojas explica que esse também é um momento crucial que pode representar grandes conquistas para a história do clube.

“Sou um corumbaense nato, bairrista, então, para nós o Corumbaense é um dos melhores times. Eu vejo um time em ascensão. Talvez não tenhamos aproveitado aquele momento, de 30 anos atrás, para fazer com que o time desse um salto na história e agora temos novamente a oportunidade para fazer isso. Muitos vão dar as mãos e existe uma grande possibilidade de crescimento nesse momento”, finalizou Rojas.

Hino autoral do Corumbaense, homologado em concurso realizado na sede do clube

Compositor: Luiz Rojas

Arranjo: Soneca

Intérprete: Ramão Terra