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Projeto do Moinho realiza júri simulado e debate abuso sexual contra crianças

Da Redação em 21 de Abril de 2017

Divulgação/Moinho

Júri Simulado leva beneficiários do Moinho a despertar o sentimento crítico e participativo

O Programa Proteger é Preciso, uma iniciativa do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano para o combate ao abuso e violência sexual contra crianças e adolescentes, completa um ano de ações para seus 280 beneficiários e estudantes das escolas da rede pública de Corumbá e Ladário. Essas ações já contemplaram 22 escolas e envolveram mais de 2 mil estudantes.

Na terça e quarta-feira, em mais uma etapa do programa, os estudantes participaram do Júri Simulado, assumindo os papéis de acusadores, defensores e testemunhas nos debates que giraram em torno do filme “Confiar”, uma produção norte-americana de 2010 que conta o envolvimento de uma adolescente de 14 anos (Anne) com um homem de 38 (Charlie) iniciado em um bate-papo pela internet assim que ela ganha seu primeiro notebook.

Durante todo o drama Anne se sente convencida de que está apaixonada por Charlie e defende o acusado, até que uma colega de escola descobre o envolvimento e decide contar para o diretor da escola. O homem era na verdade um profissional em induzir e seduzir adolescentes, e já tinha três passagens registradas pela polícia pelo crime de abuso sexual. No final do Júri Simulado, decisão unânime dos estudantes: Charlie é culpado e deve responder pelo crime de abuso sexual.

“Quando percebemos algo errado, precisamos meter a colher, sim, se não for para contar diretamente a uma pessoa de confiança, denuncie pelo Disque 100, o número da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos”, alertou a assistente social do Moinho, Thayla Cuellar, que coordenou os debates do Júri Simulado. “Vítimas de abuso sexual podem ter consequências pela vida inteira”.

O Júri Simulado, comum entre os estudantes de Direito, é muito importante para despertar o sentimento crítico e participativo de crianças e adolescentes, uma das missões levadas pelo Moinho em seus treze anos de atividades. “O Moinho vai além da dança, da música, da tecnologia, porque fornece uma formação crítica, queremos pessoas que conseguem transformar a sociedade e fazer um mundo melhor”,  ressaltou a diretora executiva do Moinho, Márcia Rolon, após a conclusão do Júri Simulado. “Queremos formar interpretes-criadores, ou seja, aqueles que criam a sua própria história, que façam a diferença”.

O Moinho mantém 280 beneficiários em aulas de música, dança, apoio escolar, educação ambiental, cidadania e tecnologia no contraturno escolar. Com informações da assessoria de imprensa do Moinho Cultural.