Caline Galvão em 31 de Março de 2017
Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Mobilização tem como finalidade esclarecer a população sobre as decisões tomadas em Brasília e suas consequências
Manifestantes vinculados à Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS) e representantes de outros sindicatos se mobilizaram e fecharam trecho da rua Dom Aquino, em frente ao prédio do INSS. A ação, na manhã desta sexta-feira (31) tem como objetivo conscientizar a população sobre as consequências dos projetos da Reforma da Previdência e a Terceirização. Além de trabalhadores de Corumbá e Ladário, a iniciativa contou com quarenta professores vindos de Aquidauana, Dois Irmãos de Buriti, Anastácio, Bodoquena e Miranda.
A movimentação, de cunho nacional, começou em Corumbá às 08h, quando os trabalhadores decidiram realizar manifestação em trecho da BR-262 e na rodovia Ramão Gomes, na fronteira. Eles fecharam um lado da via e fizeram a panfletagem, depois liberaram a estrada e trancaram o outro lado e realizaram a mesma ação. Após isso, seguiram para a panfletagem e manifestação no centro da cidade. O professor e presidente do Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação (Simted) de Ladário, Antônio Celso Melo dos Santos, afirmou ao Diário Corumbaense que a população ainda está muito impactada com as reformas propostas em Brasília, mas que não está compreendendo bem o significado delas.
“Hoje não é uma paralisação, mas sim uma mobilização para chamar a atenção da população em nível nacional”, afirmou Antônio Celso. Ele disse ainda que a atividade de também prepara a população para o dia 28 de abril, quando haverá paralisação nacional realizada por diversas categorias trabalhistas. “Tem um grupo fazendo campanha nas feiras, vamos fazer comunicação nas rádios e vamos fazer várias outras ações para chamar a população para o dia 28 de abril”, contou o sindicalista que também é representante da FETEMS.
Manifestantes fecharam trecho na rua Dom Aquino, em frente ao prédio do INSS, e simularam o "enterro" dos direitos trabalhistas
Para ele, a população não está entendendo nada do que está acontecendo no cenário nacional. “Na verdade, a população não está entendendo o que está acontecendo com a Reforma da Previdência, não está entendendo o que é a terceirização, o que é a Reforma do Trabalho, e nem o que é a reforma eleitoral que tem que ser mudada. Temos que acabar com a reeleição porque o maior problema do Brasil é o gargalo que acontece em Brasília, é a grande quantidade de deputados federais, senadores, que estão de boa vida. Os trabalhadores passam 35 anos trabalhando enquanto os políticos são eleitos, reeleitos e você percebe que tem gente lá com mais de 40 anos como político e política não é profissão”, disse Antônio Celso.
Florêncio Garcia Escobar, que é presidente do Simted de Aquidauana e faz parte da direção da FETEMS, explicou que foi decidido pela federação que seriam realizados atos regionais e organizados pelas regionais. “Nós, da regional do sudoeste, decidimos fazer o ato juntamente com a regional de Corumbá e Ladário e viemos de Aquidauana, Dois Irmãos de Buriti, Anastácio, Bodoquena e Miranda para contribuir com esse ato nacional que visa, principalmente, defender o interesse da classe trabalhadora e os direitos já adquiridos que o atual governo ilegítimo do país quer tirar com a PEC 287”, disse Florêncio.
Ele também acredita que a população ainda não compreendeu o significado das reformas propostas pelo Governo. “Infelizmente, a população não só da nossa região, mas do país todo, ainda não ‘caiu em si’ do que pode acontecer com a aprovação da PEC 287. A PEC da terceirização, já aprovada na Câmara, vai afetar drasticamente todos os trabalhadores, uma vez que vai precarizar os serviços e achatar os salários”, finalizou o sindicalista de Aquidauana.
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MARCOS RUFINO: A maioria que tá aí é de funcionário público que não quer perder seus " direitos". O pobre trabalhador da iniciativa privada se aposenta aplicando a regra 95/85,ou seja, um homem da iniciativa privada que comece a trabalhar aos 25 anos de idade,depois que concluiu o ensino superior, irá se aposentar aos 60 anos de idade! Isto porquê deverá somar sua idade com o tempo de contribuição de modo a ter um valor igual a 95 ! Detalhe, se nunca perder o emprego e recolher para o INSS durante longos 35 anos. Mas se ele fosse funcionário público, professor, por exemplo, e começasse a trabalhar com os mesmos 25 anos, após concluir o ensino superior, poderia se aposentar aos 50 anos, dez anos a menos que o trabalhador da iniciativa privada e com salário integral! Sugiro que os diletos manifestantes apresentam uma contra proposta, porque, até agora, só fizeram barulho! Um lado já apresentou suas propostas, que a meu ver, são muito exigentes. O outro lado, só quer fazer "manifestação". Apresente uma contra proposta! Pois, se há um consenso, é de que do jeito que tá, não dá prá ficar!!
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