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Família protesta contra morte de paciente e secretário explica procedimento médico

Caline Galvão em 27 de Março de 2017

Familiares de uma paciente que faleceu em decorrência de uma pneumonia fizeram protesto em frente ao pronto-socorro municipal no final da manhã desta segunda-feira (27). Petrônia Lopes Flores, de 64 anos, veio a óbito na manhã de sábado, 25 de março. Os manifestantes estavam com máscaras médicas nos rostos e cartazes solicitando a presença do secretário municipal de Saúde. O sobrinho da mulher, que não quis ser identificado, afirmou que o protesto foi uma forma de alertar à população sobre doenças respiratórias que estão ocorrendo em Corumbá e, segundo ele, não estão sendo identificadas pelos médicos.

Caline Galvão/Diário Corumbaense

Família acredita que negligência médica tenha provocado morte de paciente de 64 anos

“Minha tia entrou com uma simples gripe no pronto-socorro, mandaram ela de volta para casa, mas ela voltou novamente para o pronto-socorro e retornou para casa outra vez. Quando ela esteve em estado grave, nós tivemos que brigar para internação dela, em decorrência disso, foi diagnosticado que ela tinha sintomas de H1N1. Após essa internação, dez horas depois ela veio a óbito”, disse o sobrinho da paciente. Segundo ele, o médico plantonista informou que o motivo do falecimento foi uma broncopneumonia, mas a equipe médica não confirmou à família se a paciente havia sido vítima ou não do H1N1.

O secretário municipal de Saúde, Rogério Leite, explicou ao Diário Corumbaense que todo paciente que chega ao pronto-socorro com quadro de infecção respiratória é consultado e o médico segue protocolo de atendimento e avalia a real necessidade de internação ou de se fazer tratamento laboratorial. Se o paciente não tem sinais clínicos e abruptos de insuficiência respiratória, não é necessário fazer internação para iniciar tratamento. Caso a pessoa apresente sinais dessa infecção mais grave, o paciente será pré-internado no pronto-socorro, como acontece em todo o Brasil. O prontuário do paciente é aberto e é seguida a prescrição médica com relatório da enfermagem e todos os exames laboratoriais são feitos.

“Em nenhum momento você pode falar acintosamente, se a pessoa não tem sinal de gravidade, que ela está passando por H1N1. Até hoje, todos os exames que fizemos de swab orofaringe de pacientes que foram internados, que fizeram tratamento e saíram bem, todos os indicativos vieram com laudo de H3N2, que é um vírus comum da gripe”, afirmou Rogério Leite. Ele frisou que pacientes que já possuem comorbidades como hipertensão, cardiopatias, diabetes, doenças da tireoide, problemas pneumatológicos e renais, câncer e demais enfermidades, graves podem ter seu estado de saúde agravado caso contraiam algum vírus da gripe.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Secretário de Saúde frisou que pacientes com comorbidades podem ter seu estado de saúde agravado caso contraiam algum vírus da gripe

“Neste caso, a paciente foi atendida e como não havia nenhum sinal de gravidade, foi feita medicação para ela tomar em casa. Na segunda vez, já tinha passado da época de fazer o exame de swab e ela retornou com quadro pior de febre e indisposição. Foi feita investigação com diagnóstico de pneumonia e diabetes não controlada. Como da primeira vez, ela veio com quadro de gripe e diabetes super alta, foi feito o correlacionamento dos exames e foi identificado que a própria diabetes já estava alterada. Já a princípio o antibiótico foi iniciado. Da outra vez, foi detectada infecção voltada para o nível bacteriano. Ela foi internada, já estava usando antibiótico, mas não respondeu ao tratamento. A gente sabe a dor da família, a dor da perda, mas às vezes nem há culpados por isso. O tratamento implica em o médico fazer a recepção, o diagnóstico, efetivar o tratamento e o paciente também efetivar o tratamento”, afirmou o secretário de Saúde.

Da primeira vez que a paciente foi internada até o seu falecimento levou cerca de uma semana. Rogério Leite lembrou que o H1N1 é muito mais rápido e tem evolução muito maior em pessoas com comorbidades. O caso da paciente, que tinha diabetes não controlada, não aparenta ser ocasionado pelo vírus H1N1, mas por pneumonia bacteriana, acredita o secretário de Saúde.

Falta de vagas no hospital não impede tratamento de pacientes, diz secretário

Com relação aos leitos hospitalares, Rogério Leite afirmou que de fato os cerca de 147 leitos existentes na Santa Casa não são suficientes para atender os municípios de Corumbá e Ladário e ainda a demanda da Bolívia. No entanto, esse fato não impede que o tratamento das pessoas seja realizado. “As pessoas que realmente necessitam ter sua vaga, vai ser aberto prontuário no pronto-socorro e vão ser tratadas desde o primeiro momento que entrarem no pronto-socorro até serem abertas vagas hospitalares. As pessoas estão falando que não são tratadas porque não têm vagas, mas as pessoas são tratadas sim em nível pré-hospitalar, ambulatorial, e se necessária internação, vão ficar em observação recebendo o tratamento que teriam no hospital dentro do pronto-socorro”, afirmou Rogério Leite.

Na sexta-feira (24), médicos e enfermeiros da Atenção Básica de Saúde do Município receberam atualização sobre Síndrome Respiratória Aguda Grave, através de palestra sobre Revisão do Protocolo de Tratamento de Influenza ministrada pelo médico Nicolas Emanuel Conti. A atividade foi oferecida pelo Núcleo de Educação em Saúde (GGOS). De acordo com o secretário de Saúde, Rogério Leite, este protocolo tem o objetivo de orientar a conduta terapêutica aos casos de Influenza no país, bem como as medidas de controle a serem estabelecidas em instituições fechadas, além das medidas de controle de infecção hospitalar.

De 10 a 17 abril, será iniciada a vacinação de H1N1 para os profissionais de saúde em Corumbá. A partir do dia 17, serão imunizadas crianças, puérperas de até 45 dias, gestantes, detentos e professores. No dia 06 de maio, acontece o Dia D da vacinação em todo o País.

Comentários:

Daniel Lopes da silva: Sr. Secretário so pra deixar claro que na quinta passada eu, Danilo Lopes da silva, pessoalmente com a sr petrona passei a tarde e a noite toda com ela estado grave dentro do pronto Socorro porque não havia leito disponível para ela somente após um médico indicado da família veio devido a preocupação da família e pressionou pra a internação na sexta feira as 16 horas é não sei se é do seu conhecimento que o pronto socorro não disponibiliza nenhum tipo de alimentação pro paciente ou seja ela ficou sem tomar café da manhã na sexta por que tive q ir até a minha casa foi então q a diabete dela chegou a 600 no qual o médico de nossa confiança interviu e ela entrou no b3 com a diabete controlada so queremos a cópia dos prontuários do ps e do hospital e o resultado do Hn1